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Campos Neto fala em “pouso suave” da economia: “BC fez bom trabalho”

“Trouxemos a inflação para baixo com o mínimo de custo possível”, disse o presidente do BC, Roberto Campos Neto, em sessão no Senado Federal

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Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal
1 de 1 Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (10/8), em uma sessão especial no Senado, que a autoridade monetária fez “um bom trabalho” para a redução da inflação no Brasil.

Para Campos Neto, a política monetária adotada pelo BC levou a um “pouso suave” da economia do país – que ocorre quando a inflação cai sem gerar recessão econômica ou grande perda de empregos.

Um pouso suave, na economia, é uma desaceleração cíclica no crescimento capaz de evitar uma recessão. A expressão se tornou popular em Wall Street durante o mandato de Alan Greenspan à frente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), nos anos 1990.

“O BC fez um bom trabalho em termos de pouso suave. Trouxemos a inflação para baixo com o mínimo de custo possível”, disse Campos Neto aos senadores. “Temos dificuldade de achar um outro país do mundo que tenha conseguido derrubar essa inflação na mesma proporção, quase sem alteração no crescimento e tendo gerado empregos nesse período.”

Em seu pronunciamento inicial no Senado, o presidente do BC defendeu o regime de metas de inflação, vigente no país.

“Quando olhamos para a meta de inflação, ficamos em grande parte dos anos dentro da banda da meta. O Brasil saiu da meta durante sete anos, o que não é tanta coisa se comparamos com outros países. Tem se mostrado um sistema muito eficiente para manter a inflação baixa e a expectativa ancorada”, afirmou Campos Neto.

O chefe da autoridade monetária disse que as decisões sobre a taxa básica de juros são “técnicas”. “São várias variáveis, vários modelos, é um trabalho muito técnico. É assim que o BC toma uma decisão, tentando trazer a inflação para a meta o mais rápido possível com o mínimo de custo para a sociedade”, afirmou.

“Olhamos também as expectativas de inflação porque, quando tomo uma decisão de política monetária, ela leva de 12 a 18 meses para fazer efeito. Então, não posso tomar uma decisão de política monetária olhando a inflação corrente. Essa decisão não influi em nada a inflação de curto prazo”, explicou Campos Neto.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu, por 5 votos a 4, reduzir os juros básicos para 13,25% ao ano. O “voto de minerva”, que sacramentou a redução de 0,5 ponto percentual, foi dado por Campos Neto. Quatro votos foram pela redução de 0,25 ponto percentual.

Foi a primeira queda da Selic em três anos. A taxa básica de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação.

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Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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