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Caged: Brasil cria 190 mil empregos com carteira assinada em outubro

Número representa 18,76% a mais do que o total de postos abertos no mesmo mês de 2022. Em relação a setembro de 2023, o resultado piorou

atualizado

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Agência Brasil
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1 de 1 imagem colorida carteiras de trabalho - Foto: Agência Brasil

A economia brasileira registrou um saldo positivo de 190.366 mil postos de trabalho com carteira assinada criados no mês de outubro de 2023. O número representa um aumento de 18,76% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a diferença entre abertura e fechamento de vagas foi de 160.291 mil. 

Os dados constam no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), atualizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta terça-feira (28/11). O salto de outubro resultou de um total de 1.941.281 admissões, contra 1.750.915 demissões no mês. 

O último dado ficou bem acima da projeção do mercado, cuja mediana era de 135 mil vagas. Esta foi a primeira vez, desde março, que o resultado deste ano supera o saldo registrado em um mesmo mês de 2022. Em relação ao mês anterior, contudo, houve queda de cerca de 10%. Em setembro, o saldo havia sido de 211.764 vagas. 

No acumulado do ano, o total de vagas criadas chegou a 1.784.695 postos de trabalho, ficando positivo nos cinco grandes grupamentos econômicos e nas 27 unidades da Federação. O volume, entretanto, representa um recuo de 23,7% na comparação com o mesmo período de 2022, quando foram abertas 2,34 milhões de vagas com carteira assinada.

Serviços na liderança

O maior crescimento do emprego formal em outubro ocorreu no setor de serviços, com um saldo positivo de 109.939 postos, com destaque para as áreas de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. 

A segundo melhor desempenho ocorreu no comércio, com 49.647 postos de trabalho abertos no mês, principalmente no comércio varejista de mercadorias, com predominância para supermercados (+6.307) e hipermercados (+1.925), além de lojas de artigos de vestuário (+5.026). 

A indústria ficou em terceiro lugar, com saldo de 20.954 postos, com destaque para o setor de fabricação de açúcar em bruto (+1.500) e de móveis (+1.330). A construção civil teve saldo positivo de 11.480 empregos.

Queda na agropecuária

A agropecuária foi o único setor que apresentou saldo negativo. Ela perdeu 1.656 empregos no mês. Isso como consequência da desmobilização em lavouras de café (-2.850), do cultivo de alho (-1.677), da batata-inglesa (-1.233) e da cebola (-1.138). 

São Paulo é o destaque

Entre os estados, o maior saldo de outubro foi obtido por São Paulo, com 69.442 postos (+0,5%), concentrados no setor de serviços (+44.112). No Rio de Janeiro, o número ficou em 18.803 postos (+0,5%) e no Paraná, em 14.945 (+0,5%). 

No acumulado de janeiro a outubro, São Paulo segue liderando o ranking com saldo de 502.193 postos (+3,8%). Depois, vem Minas Gerais, com 187.485 (+4,2%), e o Rio de Janeiro, com 141.981 (+4,2%).

O que é o Caged

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada. Não incluem, portanto, os informais. Por isso, os resultados do Caged não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).

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