Caged: Brasil cria 180 mil empregos com carteira em abril
Dados do Caged, do Ministério do Trabalho, mostram aumento no número de vagas no último mês
atualizado
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O Brasil teve saldo de 180.005 empregos em abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (31/5) pelo Ministério do Trabalho.
No período, foram 1,86 milhões de admissões e 1,68 milhões de desligamentos, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, responsável pela estatística.
O resultado representa uma desaceleração na criação de vagas frente a março, quando foram criados 195.171 empregos no saldo. O número ficou ligeiramente abaixo da expectativa do mercado, que projetava alta de 189.550 vagas, no consenso medido pela Bloomberg.
Nos últimos 12 meses, entre maio de 2022 e abril de 2023, o saldo é de 1,9 milhão de empregos criados.
Com os resultados, o total de trabalhadores com vínculo ativo de carteira assinada (os chamados “celetistas”) chegou a 43,15 milhões, uma alta de 0,42% em relação a março.
Maioria das novas vagas no setor de serviços
O setor de serviços foi responsável pela maior parte do saldo positivo do mês, com saldo de 103.894 novas vagas.
Em seguida vieram comércio (saldo de 27.559), construção (26.937) e indústria geral (18.713). Dos cinco agrupamentos no Caged, a menor criação de vagas foi na agropecuária (2.902).
As cinco regiões brasileiras tiveram saldo positivo de criação de vagas em abril.
Em números absolutos, o Sudeste teve o maior saldo (106.250 postos, alta de 0,48%). O Centro-Oeste teve a maior variação, ligeiramente acima das demais (25.002 postos, avanço de 0,66%).
Salário médio aumenta
O salário médio de admissão no Brasil, para os trabalhadores com carteira assinada, ficou em R$ 2.015,58 em abril. O valor representa alta de 2,26%, com R$ 44,47 adicionais no salário médio.
Dos cinco agrupamentos medidos no Caged, o comércio teve o maior salário médio de admissão (R$ 2.147,88).
Taxa de desemprego ficou em 8,5% em abril
Mais cedo nesta quarta-feira, foi divulgado outro dado importante do mercado de trabalho, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
O dado mostrou que a taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,5%, estável em relação ao mês anterior. Trata-se da menor taxa para um trimestre encerrado em abril desde 2015, quando o índice ficou em 8,1%.
A Pnad diz respeito ao mercado de trabalho como um todo e ao total da população economicamente ativa, incluindo trabalhadores informais, autônomos e desalentados (os que desistiram de procurar emprego). É via Pnad que se calcula a taxa de desemprego do país, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já o Caged mede as variações somente entre trabalhadores com carteira assinada. O Caged é divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.