Caged: Brasil cria 1 milhão de empregos com carteira no semestre
No período entre janeiro e junho, saldo foi de 1,023 milhão de empregos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
atualizado
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O Brasil teve saldo de 1,023 milhão de empregos no primeiro semestre, entre janeiro e junho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os números foram divulgados nesta quinta-feira (27/7) pelo Ministério do Trabalho.
No período, foram 11,91 milhões de admissões e 10,88 milhões de desligamentos, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, responsável pela estatística.
Em junho, o saldo foi de 157.198 empregos, segundo os dados também divulgados nesta quinta-feira. No mês, foram 1,914 milhões de admissões e 1,757 milhões de desligamentos.
Com os resultados de junho, o total de trabalhadores com vínculo ativo de carteira assinada (os chamados “celetistas”) chegou a 43,468 milhões, uma alta de 0,36% em relação a maio.
Todos os cinco agrupamentos do Caged registraram saldo positivo de vagas em junho, com destaque para o setor de serviços:
- Serviços (+76.420 postos);
- Agropecuária (+27.159 postos);
- Construção (+20.953 postos);
Comércio (+20.554 postos); - Indústria (+12.117 postos).
Apesar da alta vista nos últimos meses, economistas apontam para uma desaceleração no mercado de trabalho a partir de agora.
“O dado [de junho] mostra uma desaceleração na criação de vagas de empregos formais em relação ao início do ano, reflexo do menor crescimento da atividade nesse segundo trimestre, ainda sentindo os efeitos dos juros elevados. Dessa forma, enxergamos uma perda de dinamismo do mercado de trabalho nos próximos meses”, disse em nota o economista Rafael Perez, da Suno Research.
No entanto, Perez avalia que o mercado segue “mais resiliente do que se esperava”. “Esse movimento tem possibilitado uma melhora nos índices de confiança das famílias e deve ajudar a sustentar o consumo no segundo semestre”, disse o economista.
O Caged mede as variações somente entre trabalhadores com carteira assinada, ao contrário da Pnad, do IBGE, que mede a taxa de desemprego entre todos os trabalhadores na economia, incluindo no mercado informal. A taxa de desemprego do Brasil ficou em 8,3% em maio, data do último dado divulgado.