Brasil deve voltar a ser líder mundial na exportação de milho
Brasil deve exportar 52 milhões de toneladas do cereal na safra 2022/2023, segundo projeções do Departamento de Agricultura dos EUA
atualizado
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O Brasil está prestes a voltar ao topo do ranking mundial de exportação de milho. Segundo projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o país deve exportar cerca de 52 milhões de toneladas do cereal na safra 2022/2023.
Caso essa estimativa se confirme, o volume será 60% maior do que o registrado na safra anterior (32,4 milhões). Os Estados Unidos devem comercializar 49 milhões de toneladas de milho, uma projeção de queda de 22% na comparação com a safra 2021/2022.
O Brasil liderou as exportações mundiais de milho pela primeira vez há uma década, na safra 2012/2013, quando efeitos climáticos prejudicaram fortemente a produção americana.
Em 2012/2013, o Brasil produziu 81 milhões de toneladas e exportou 26 milhões – acima dos 18,3 milhões comercializados pelos EUA.
Neste ano, alguns dos principais produtores mundiais terão quebra de safra, o que reduzirá suas exportações. A Ucrânia, por exemplo, deve exportar 23,5 milhões de toneladas, abaixo dos 30 milhões alcançados antes do início da guerra contra a Rússia.
Os principais importadores mundiais serão União Europeia, China, Japão e Coreia do Sul. No primeiro bimestre de 2023, japoneses e chineses já compraram 2,6 milhões de toneladas de milho do Brasil.
No ano passado, o Brasil exportou 43,6 milhões de toneladas de milho, acima do recorde de 42,75 milhões em 2019 e mais do que o dobro do número registrado em 2021 (20,4 milhões). As exportações em 2021 foram racionadas por causa da safra menor, prejudicada pelos efeitos da estiagem no Sul do país.