Brasil deve entrar no top 10 da exportação de trigo em 2023
País alcançou recorde de exportações de trigo no ano passado, com 3,1 milhões de toneladas, e pode se tornar um dos 10 maiores exportadores
atualizado
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O Brasil está prestes a entrar no grupo dos 10 maiores exportadores de trigo do planeta, de acordo com projeções do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O país deve assumir a 10ª colocação do ranking neste ano.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil alcançou o recorde de exportações de trigo no ano passado, com 3,1 milhões de toneladas, volume bem superior ao registrado em 2021 (1,13 milhão de toneladas).
A maior parte das exportações brasileiras do cereal se concentrou no primeiro trimestre do ano, com 2,18 milhões de toneladas de trigo destinados ao mercado externo. A expectativa é a de que, nos três primeiros meses de 2023, o país repita ou até supere esse desempenho.
Diante da menor oferta de trigo da Argentina (por questões climáticas) e da Ucrânia (por causa da guerra com a Rússia) na safra 2022/2023, o Brasil tem boas possibilidades de chegar ao “top 10” global nas exportações, segundo o Cepea.
O país segue dependente do mercado externo, principalmente da Argentina. Em 2022, as importações brasileiras somaram 5,72 milhões de toneladas, com gastos de US$ 2,1 bilhões (R$ 11,3 bilhões).
Uma estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aponta que as exportações brasileiras da safra 2022/2023 devem atingir cerca de 3,5 milhões de toneladas, mais do que a Índia.
A liderança no ranking de exportações mundiais ainda é da Rússia, apesar da guerra contra a Ucrânia. União Europeia e Austrália vêm a seguir, completando o “top 3”.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil deve colher 8,4 milhões de toneladas de trigo neste ano. Em 2022, em uma safra recorde, foram 9,6 milhões de toneladas.