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Brasil cria 244 mil empregos em março, recorde para o mês desde 2010

Em relação a fevereiro, contudo, houve queda de 20%. De todos os setores da economia, só a agricultura registrou queda no mês passado

atualizado

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Pessoa segurando carteira de trabalho - Metrópoles
1 de 1 Pessoa segurando carteira de trabalho - Metrópoles - Foto: Reprodução/Agência Brasil

O mercado formal brasileiro criou 244.315 postos de trabalho com carteira assinada em março. O resultado representa uma queda de 20% em relação a fevereiro, quando foram abertos 306.708 postos. Ainda assim, o número é o segundo maior para março da série histórica iniciada em 2002. Nesse mês, fica atrás somente de 2010, quando foram registrados 322.510 empregos. 

Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta terça-feira (30/4). O resultado de março considera o saldo de 2.262.420 admissões e 2.018.105 desligamentos. O número de postos abertos em março ficou bem acima da projeção do mercado que, segundo pesquisa da Reuters, esperava 188 mil.

No primeiro trimestre deste ano, o acumulado de vagas abertas atingiu 719.033. Em março do ano passado, a economia criou um número menor de empregos, com um total de 194.372. No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo foi de 1.647.505, postos de trabalho, 182.164 empregos a mais do que o saldo do ano de 2023.

Queda na agricultura

O resultado do mês passado foi positivo em quatro dos cinco grandes setores econômicos e em 25 dos 27 estados da Federação. O segmento que mais criou empregos em março foi o de serviços, com a abertura de 148.722 vagas. Ele foi seguido pelo comércio (37.493), indústria (35.886) e construção civil (28.666). Somente a agropecuária ficou negativa, com perda de 6.457 empregos formais.

São Paulo liderou a abertura de postos com um total de 76.941 e crescimento de 0,6% em março. Nesse caso, o destaque também ficou com o setor de serviços, com 46.451 vagas. A seguir vieram Minas Gerais, com 40.796 postos (+0,9%), e Rio de Janeiro, 22.466 postos (+0,7%) no mês.

Atividades em destaque

No primeiro trimestre (acumulado de janeiro a março de 2024), os cinco grandes segmentos de atividades econômicas registraram saldos positivos, sendo o maior crescimento verificado no setor de serviços, com 419.286 postos formais, com 58,3% do saldo. 

O destaque ficou para as atividades de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com geração de 179.470 vagas. Além disso, as atividades de “informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas” criaram 143.050 novos postos.

Fabricação de veículos

A indústria apresentou saldo de 155.461 vagas, com destaque para a fabricação de veículos automotores (13.605) e de produtos alimentícios (13.540). A construção abriu 109.911 novos empregos formais no primeiro trimestre, com elevações maiores na construção de edifícios (45.630) e obras de infraestrutura (27.286). A agropecuária também apresentou saldo positivo no trimestre, com 19.278 postos de trabalho, com destaques para o cultivo de maçã (6.122) e de soja (5.181). 

Nesse ramo, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, o acumulado do ano só não foi melhor devido ao resultado ruim da laranja, que perdeu 13.155 postos no período. 

Comércio

Já o comércio mostrou boa recuperação em março, alcançando resultado positivo pela primeira vez no ano, com acúmulo de 15.091 postos.

Entre os estados, o maior saldo acumulado também ficou com São Paulo (213.503), um crescimento de 1,5%. Depois, vieram Minas Gerais, com 88.359 vagas e crescimento de 1,9%, além do Paraná, com 69.618 postos no ano e elevação de , 2,3% no trimestre.

Grupos populacionais

Em março, o saldo ficou positivo para mulheres (124.483) e para homens (119.832). No que se refere à População com Deficiência, o saldo foi positivo, com geração de 558 postos de trabalho. No quesito cor, o saldo foi positivo para pardos (220.547), brancos (138.032) e pretos (44.491), ficando negativo para amarelos (-2.793) e indígenas (-1.946).

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