Brasil cria 240.033 empregos formais em abril, novo recorde desde 2013
O salário médio de admissão dos trabalhadores foi de R$ 2.126,16, o que representou uma alta de 2,2% sobre o valor do mesmo mês em 2023
atualizado
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O Brasil criou 240.033 vagas de emprego formal em abril. O resultado é o melhor para o mês desde 2013. A informação consta do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foi divulgada nesta quarta-feira (29/5) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O saldo positivo de abril foi resultado de 2.260.439 admissões e 2.020.406 demissões. Em relação a março, ele representou uma queda de 1,9%, quando o número ficou em 244.315 de vagas abertas. Em fevereiro, foram criados 306.111 novos postos de trabalho.
Em abril, a criação de empregos foi positiva em todos os grandes grupos de atividades econômicas: serviços (+138.309), indústria (+35.990), construção (+31.893), comércio (+27.272) e agropecuária (+6.576).
Com isso, o estoque total recuperado para o Caged no mês foi de 46.475.700 postos de trabalho formais, acumulando no ano um saldo de 958.425 postos de trabalho, o melhor desde 2010, positivo nos cinco grandes grupos econômicos e em 26 das 27 Unidades da Federação. Considerados os últimos 12 meses, a geração alcança 1.701.950 postos formais, 239.849 a mais do que o saldo gerado no ano de 2023.
Salários em alta
O salário médio real de admissão em abril foi de R$ 2.126,16, um crescimento de R$ 36,96 (+1,8%) em comparação com o valor de março (R$2.089,20). Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de R$ 45,43 (+2,2%).
Serviços na liderança
O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de serviços, com um saldo de 138.309 postos de trabalho, um crescimento de 0,6%, com destaque para os serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+61.096) e de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+40.127)
A indústria, com 35.990 postos criados (+0,41%), foi o segundo melhor setor no mês. Nesse caso, o destaque ficou com a fabricação de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (+4.943), a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (+3.647) e a fabricação de produtos de borracha e de material plástico (+3.051).
Em seguida veio a construção civil, com 31.893 novos postos (+1,12%); o comércio, com 27.272 (+0,27%); e a agropecuária, que registrou saldo positivo de 6.576 empregos formais (+0,36%). No campo, o destaque ficou com o cultivo de café (+6.308), especialmente no Espírito Santo (+2.541) e Minas Gerais (+2.038) e o cultivo de Laranja (+4.644), especialmente em São Paulo (+3.733).
São Paulo tem maior saldo
Entre os estados o maior saldo foi registrado em São Paulo, com geração de 76.299 postos (+0,54%); seguido de Minas Gerais, que gerou 25.868 postos (+0,53%); e Paraná, com 18.032 postos gerados (+0,57%) no mês.
Acumulado no ano
Entre os 958.425 postos de trabalho criados no ano, o maior crescimento ocorreu no setor de serviços, com saldo de 556.607 postos formais (58,1% do saldo). O destaque ficou para atividades de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+219.686) e para as atividades de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+202.820).
A indústria veio em seguida, com saldo de 191.358 postos, com destaque para a fabricação de veículos automotores (+17.250) e fabricação de produtos de borracha e de material plástico (+15.843). A construção teve saldo positivo de 141.428 postos formais de trabalho, o comércio, que segue tendo boa recuperação, criou 42.936 vagas. A agropecuária apresentou saldo de 26.097 postos de trabalho, com destaques para o cultivo de café (+7.928), de maçã (+3.568) e produção de sementes (+3.335).
No ano, entre os estados, o maior saldo foi registrado em São Paulo, 287.968 (2,1%), Minas Gerais, com geração de 113.971 postos (2,4%), e Paraná, que gerou 87.838 postos formais no ano (2,8%). As Unidades que apresentaram menor geração foram Alagoas (-13.182), Paraíba (+1.321) e Sergipe (+2.354).