Bradesco quer impedir venda de bens de acionistas da Americanas
Pedido feito à Justiça tem como alvo Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. Medida busca ainda atingir conselheiros
atualizado
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O Bradesco solicitou ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que os acionistas de referência da Americanas, os bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, sejam impedidos de vender bens e de se desfazer de patrimônio. A mesma medida, pediu o banco ao TJSP, deve ser aplicada aos integrantes dos conselhos de administração e fiscal da varejista.
A ação apoia-se na tese de despersonalização da pessoa jurídica. Ou seja, defende que os responsáveis pelos problemas criados na companhia são as pessoas envolvidas, tanto os três acionistas como os conselheiros dos dois órgãos corporativos.
A manifestação é parte da ação na qual o Bradesco tenta apreender e-mails da cúpula da Americanas para apurar a origem do rombo de R$ 20 bilhões que levou a empresa à recuperação judicial. Com a iniciativa desta semana, o banco, pela primeira vez, coloca o conselho de administração e fiscal da empresa na linha de frente na tentativa de atribuir responsabilidade aos executivos pelo caso.