Bradesco pede que STF reconsidere decisão sobre e-mails da Americanas
Em medida liminar, ministro Alexandre de Moraes havia suspendido busca e apreensão das mensagens trocadas pela cúpula da varejista
atualizado
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O Bradesco protocolou nesta sexta-feira (17/2), no Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de reconsideração à decisão do ministro Alexandre de Moraes que, no dia anterior, suspendera em a coleta e perícia de e-mails da cúpula da Americanas, nos servidores da Microsoft, em São Paulo.
Moraes, por meio de liminar, acatou os argumentos de advogados da Americanas para barrar a chamada “produção antecipada de provas” contra a varejista. Ela havia sido autorizada pela Justiça paulista, em meados de janeiro.
Os advogados da Americanas, contudo, alegaram que a análise das mensagens alcançaria a comunicação entre eles e a diretoria jurídica da empresa. Assim, a perícia violaria o sigilo constitucional profissional.
O Bradesco, porém, observa que jamais houve “qualquer interesse em acessar os e-mails trocados” entre os advogados e a Americanas, para, como alegaram os representantes da varejista, ter acesso a “estratégias processuais”.
Na solicitação, o banco observa que, “ao contrário do que poderia supor o cínico argumento armado pelos reclamantes”, ninguém havia pedido para ter acesso a esse tipo de informação. A seguir, acrescenta: “A Americanas pode não ter coragem de dizê-lo, mas está claro que o que ela quer é usar o fato de haver e-mails trocados com os seus advogados para criar uma mesquinha cortina de fumaça que, de alguma forma, lhe permita interromper as investigações iniciadas a pedido do Bradesco, no seio da companhia”.