Bradesco lucra R$ 4,5 bi no segundo trimestre, queda anual de 35,8%

O Bradesco registrou um lucro recorrente de R$ 4,5 bilhões no segundo trimestre de 2023. O número representa uma queda de 35,8%, na comparação com o mesmo período de 2022. Ainda assim, ficou acima da previsão do mercado, que havia estimado um valor de R$ 3,59 bilhões. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, a quantia representa um crescimento de 5,6%.

O retorno sobre patrimônio do banco (ROAE, na sigla em inglês) foi de 11,1%. Houve uma melhora de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, mas o indicador segue distante dos 18,1%, anotados em 2022.

As provisões do banco para empréstimos inadimplentes (conhecidas pela sigla PDD) no segundo semestre deste ano ficaram em R$ 10,32 bilhões. Elas cresceram 8,4% em relação ao primeiro trimestre de 2023. Avançaram 94,2% sobre o valor de um ano antes. De acordo com o Bradesco, as maiores despesas com PDD seguem pressionadas pelo endividamento, em especial, de micro e pequenas empresas.

A taxa de calotes de pessoas físicas ficou em 6,7% no fim de junho. Em março, haviam sido de 6,3%. |No fim do segundo trimestre de 2022, eram de 3,9%. No caso de grandes empresas, os números são, respectivamente, 1,9%, 0,2% e 01%. De acordo com o banco, sem considerar um cliente, uma grande empresa (provavelmente, a Americanas), o indicador seria de 0,7% no trimestre em análise. Para pequenas e médias empresas, os valores, na mesma ordem, ficaram em 7%, 6,2% e 3,9%.

Inadimplência

A inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias) marcou 4,4% em junho, ante 4,6%, em março, e 3,6%, em junho de 2022. Para pessoas físicas, os números foram 5,3%, 5,5% e 4,9%. No caso de grandes empresas, os valores ficaram em 1,3%, 1,4% e zero.

A carteira de crédito do Bradesco terminou o segundo trimestre em R$ 868,69 bilhões, um crescimento de 1,6% na comparação com o mesmo período no ano passado.