Bom para o Brasil? PIB dos EUA cresce 1,6%, abaixo do esperado
O mercado previa um avanço de 2,4% no primeiro trimestre deste ano. E a resposta à pergunta é sim, isso pode ser bom para o Brasil
atualizado
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O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos aumentou 1,6% no primeiro trimestre de 2024 em termos anualizados. O desempenho ficou abaixo do avanço esperado pelo mercado, que era de 2,4%.
O dado indica que a economia americana perdeu força, uma vez que a evolução do produto observada no quatro trimestre do ano passado, o período imediatamente anterior, foi de 3,4%. O número atual, contudo, representa uma prévia do indicador e foi divulgado nesta quinta-feira (25/4) pelo Departamento de Análises Econômicas dos EUA (BEA, na sigla em inglês).
A evolução do PIB abaixo do esperava, ainda que momentaneamente, aplaca os ânimos do mercado de capitais no Brasil. Isso porque o sinal de menor fôlego da economia americana pode influenciar a expectativa sobre a queda dos juros nos EUA.
O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mantém os juros do país no intervalo de 5,25% e 5,50%, o maior patamar desde 2021. E não há indicação de que ela possa cair tão cedo. Ao contrário. As previsões de queda têm sido adiadas seguida vezes.
Queda adiada
No início do ano, os agentes econômicos estimavam que ocorreria uma redução em março. Agora, esse prazo já começou a ser ampliado para dezembro. As expectativas negativas sobre a dinâmica dos juros americanos também têm atuado como um fator de deterioração do cenário econômico global.
Além disso, os juros altos nos EUA aumentam a atratividade por títulos do Tesouro dos EUA, os Treasuries. Paralelamente, ativos de maior risco, como as ações negociadas em Bolsa, tornam-se menos interessantes para os investidores, em especial em países emergentes como o Brasil.
Quedas da Bolsa
Isso tem feito com que a Bolsa brasileira (B3) despenque, o que se tornou rotineiro em 2024, Apesar do ritmo menor do PIB dos EUA, nesta quinta-feira (25/4), a B3 registrava queda de 0,67%, aos 123.908 pontos, às 10h30.
Se elevadas, as taxas americanas também exercem pressão de alta sobre o dólar. Às 10h40, a moeda americana operava em alta de 0,48%, cotada a R$ 5,17. Na semana passada, ela chegou a R$ 5,30.