Bolsa vira e fecha em alta, apesar de conflito entre Israel e Hamas

Depois de registrar queda pela manhã, o Ibovespa virou e fechou em alta expressiva de 0,86%, aos 115.156 pontos, nesta segunda-feira (9/10). O principal índice da Bolsa brasileira (B3) foi fortemente afetado pelo confronto entre Israel e o grupo islâmico Hamas. O conflito teve impacto sobre o preço internacional do petróleo, que subiu pouco mais de 4% ao longo do pregão.

No começo do dia, o salto do valor da commodity provocou queda do Ibovespa. Ao longo da sessão, porém, a situação inverteu-se com a valorização dos papéis das empresas petrolíferas. Esse foi o caso da Petrobras, com grande peso no índice, que avançou 4%. Petrorecôncavo e Prio, que pertencem ao mesmo segmento, também subiram embaladas pelo mercado internacional. Elas registraram valorização de 8,7%. 

Outra informação que contribuiu para o bom humor do mercado – e ascensão do Ibovespa – veio de declaração feita pela presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Dallas, Lorie Logan. Ela disse que a recente elevação dos rendimentos dos títulos do Tesouro local e as condições financeiras mais restritivas de modo geral podem significar uma menor necessidade de aumento das taxas de juros nos EUA. 

Leandro Petrokas, diretor da casa de análises Quantzed, observa que, em contrapartida, outras ações importantes do índice desvalorizaram. Nesse grupo, ficaram os bancos, além das empresas de siderurgia e mineração, como VALE, CSN, Gerdau e Usiminas. 

Uma das maiores quedas do pregão, nota Petrokas, foi registrada pela área Azul, também afetada pela cotação do petróleo. “A alta da commodity tem impacto direto no custo da empresa, por causa do combustível de aviação”, diz o analista.

Dólar

O dólar comercial fechou em queda nesta segunda-feira de 0,61%, cotado a R$ 5,130.