Bolsa sofre revés e fica negativa com números de emprego nos EUA
Força do mercado de trabalho indica que banco central americano não vai baixar os juros tão cedo, o que prejudica o desempenho das ações
atualizado
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O Ibovespa passou a registrar um desempenho negativo na manhã desta sexta-feira (2/2), caindo 0,95%, aos 127.256 pontos, por volta das 11h20. Depois de começar o dia em alta, o principal índice da Bolsa brasileira (B3) foi puxado para baixo pela divulgação de dados de emprego nos Estados Unidos.
No mercado americano, foram abertos 353 mil postos de trabalho no mês passado, quase o dobro do projetado por analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. O resultado mostra que a economia do país segue aquecida e indica que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) pode demorar para iniciar o ciclo de corte de juros.
Com as taxas de juros altas, aumenta a atratividade dos investidores por títulos da dívida americana, os Treasuries. Em contrapartida, diminui o interesse por ativos de renda variável, como as ações negociadas em Bolsa, notadamente em mercados emergentes.
Com o dado de emprego nos EUA, os juros futuros também começaram a subir com força no Brasil. A taxa DI com vencimento em janeiro de 2026 passou de 9,610% para 9,685%, depois da divulgação do desempenho parrudo do mercado de trabalho americano.