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Bolsa sobe e dólar cai, com perspectiva de alívio dos juros nos EUA

Declarações de integrantes do banco central americano têm deixado investidores otimistas. Petrobras e Vale também ajudaram a animar o pregão

atualizado

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1 de 1 Graficos - economia, bolsa de valores, investimento - PIB - Ações - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Ibovespa fechou em alta de 1,37%, aos 116.737 pontos, nesta terça-feira (10/10). Apesar do confronto no Oriente Médio, o principal índice da Bolsa brasileira (B3) fortaleceu-se com crescentes perspectivas de manutenção das taxas de juros dos Estados Unidos nos atuais patamares. 

Essa expectativa foi reforçada por declarações do presidente do Federal Reserve (Fed) de Atlanta, Raphael Bostic, feitas nesta terça. Ele afirmou que acredita que o Fed não precisará mais elevar os juros. “Nossa taxa já está suficientemente restritiva para levar a inflação de volta à meta”, disse Bostic, em evento do American Bankers Association.

Declarações como essa têm feito com que mais de 80% dos analistas americanos apostem em uma nova pausa no ciclo de alta de juros nos Estados Unidos. Como consequência, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano para dez anos, uma referência no mercado, caíram 0,18 ponto percentual, para 4,62%. 

Essas quedas reduzem o interesse dos investidores por investimentos na renda fixa dos EUA e favorecem um maior apetite por ativos de maior risco, mas mais rentáveis, como as ações em Bolsa de países emergentes – caso do Brasil. 

Bom para o varejo

Como resultado desse quadro, Elcio Cardozo, especialista em mercado de capitais e sócio da Matriz Capital, observa que as maiores altas do Ibovespa foram registradas por empresas de setores mais sensíveis às variações dos juros futuros. Esse é o caso de segmentos como o varejo, a construção civil e as empresas aéreas.

“Esses ativos foram os mais prejudicados quando os títulos do Tesouro americano e, consequentemente, os juros futuros brasileiros subiram”, diz Cardozo. “No cenário contrário, eles tendem a ter uma melhor performance. Assim, as maiores altas do dia foram CVC, Gol, Azul e Magazine Luiza.” 

Poucas quedas

As ações da Petrobras e da Vale, que têm grande peso no Ibovespa, também embalaram positivamente o pregão. Os papéis da petrolífera subiram 0,97%, cotadas a R$ 35,29, ainda na esteira da valorização do petróleo com a crise no Oriente Médio. Os da mineradora subiram 0,66%.

O analista acrescenta que poucas empresas operaram em queda na Bolsa. Das 86 ações do Ibovespa, 79 subiram. O maior recuo ocorreu com a Alpargatas, nota o analista Cardozo. Ela teve a recomendação de “neutra” reiterada, com o corte do preço-alvo de R$10,00 para R$8,70, pelo Citi.

Dólar

Embalado pelos mesmos motivos, o dólar fechou em queda de 1,45% nesta terça-feira, cotado a R$ 5,05.

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