Bolsa sobe 3% em janeiro e dólar cai para menor nível desde novembro
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, subiu 3,4% e teve o melhor mês desde outubro; dólar caiu 4% e ficou cotado a R$ 5,07
atualizado
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Janeiro foi o melhor mês para a Bolsa de Valores desde outubro, mês que antecedeu o segundo turno das eleições presidenciais. Com a alta de 1% nesta terça-feira (31/1), o Ibovespa acumulou valorização de 3,4% no primeiro mês de 2023.
No dia, as expectativas quanto à decisão dos juros nos Estados Unidos nortearam os investidores. Espera-se que o Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, aumente a taxa básica de juros em 0,25% na próxima reunião, que acontece amanhã (1/2). Nas últimas reuniões, o Fed havia optado por altas de 0,5%.
A possibilidade de desaceleração no ritmo de aperto monetário deu ânimo para as Bolsas, uma vez que juros altos acabam desestimulando o fluxo de investimentos em ações.
No Brasil, o Ibovespa avançou para os 113.430 pontos na última sessão do mês. Os destaques do dia ficaram para as ações de empresas educacionais como Cogna e Yduqs. Investidores reagiram a notícias de que o governo federal estaria planejando uma reestruturação do Fies, com destinação maior de recursos para o financiamento do ensino superior privado.
Já no mês, as ações de destaque foram as do Magazine Luiza, que subiram 61%. A varejista se beneficiou da crise que assolou a Americanas, uma de suas principais concorrentes.
No dia 11/1, a Americanas tornou público um problema de R$ 20 bilhões em seu balanço financeiro. Desde então, as ações da empresa caíram 85%. Contudo, a perspectiva de um alívio temporário nas dívidas, por causa do plano de recuperação judicial da varejista, ajudou a amenizar parte das quedas.
Nos últimos dias, os papéis da Americanas acumularam ganhos de mais de 100%, depois de chegarem à cotação mínima de R$ 0,71 por ação.
Dólar
O dólar encerrou o dia em queda de 0,75%, influenciado pelo contexto dos juros nos Estados Unidos. A moeda americana foi a R$ 5,07, na menor cotação desde novembro, e acumulou desvalorização de quase 4% em janeiro.