Bolsa retoma queda e dólar sobe, a R$ 4,97, com exterior nebuloso
Instabilidades na China e dúvidas sobre os juros nos EUA continuam pressionando para baixo o Ibovespa e elevando a moeda americana
atualizado
Compartilhar notícia
O Ibovespa fechou mais uma vez em baixa de 0,85%, aos 114.429 pontos, nesta segunda-feira (21/8). Essa foi a menor pontuação de fechamento desde 5 de junho, quando o principal índice da Bolsa brasileira (B3) encerrou o pregão aos 112.696 pontos. Em agosto, o indicador acumula 14 quedas, sedo 13 delas seguidas, e apresenta um recuo de 6,16%. A série negativa só foi interrompida na sexta-feira (18/8).
Na avaliação de Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, o principal motivo do recuo de hoje foi o avanço dos juros futuros, com a elevação dos títulos nos Estados Unidos, dos Treasuries. “O Ibovespa seguiu o exterior”, diz Cohen. “Isso se dá muito em virtude dos acontecimentos da semana passada, que também tiveram problemas com a China, mas também os Estados Unidos, mostrando que a política de juros ali ainda é bem altista.”
Para o analista, o mercado vai ficar em compasso de espera até sexta-feira (25/8), quando o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, vai falar no simpósio de Jackson Hole, no Kansas, e se espera alguma novidade em relação às taxas de juros. “A imprevisibilidade, a indecisão, a incerteza geram medo no mercado e fazem com que os juros subam, o dólar suba e as bolsas caiam no mundo e criam um ambiente de aversão a riscos.”
De acordo com a plataforma TradeMap, as maiores altas do Ibovespa ficaram com a Petz (PETZ, 2,45%), a Cemig (CMIG4, 1,67%) e o Magalu (MGLU3, 1,67%). As baixas mais expressivas foram do IRB (IRBR3, -9,24%), Carrefour (CRFB3, -4,14%) e do grupo educacional Yduqs (YDUQ3, -3,83%).
Dólar
Sob pressão basicamente dos mesmos fatores, o dólar fechou a R$ 4,9787, em alta de 0,22%, no mercado à vista. Ele chegou a registrar a mínima de R$ 4,9579 e a máxima de R$ 4,9964.