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Bolsa inverte o sinal, passa a cair e caminha para semana de perdas

Pouco antes do meio-dia, Ibovespa, principal índice da Bolsa, recuava 0,43%, abaixo dos 127 mil pontos, caminhando para quarta queda seguida

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1 de 1 Imagem de painel da Bolsa de Valores do Brasil, a B3 - Metrópoles - Foto: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

Depois de abrir em alta na manhã desta sexta-feira (19/1), o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, inverteu o sinal no fim da manhã e passou a operar em baixa, caminhando para encerrar a semana com fortes perdas.

Pouco antes do meio-dia, o indicador recuava 0,43%, abaixo dos 127 mil pontos (126;774,18).

Na véspera, o Ibovespa fechou em baixa de quase 1% (-0,91%), aos 127,3 mil pontos, a menor cotação de fechamento em mais de um mês.

Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula perdas de 5,12% no primeiro mês do ano.

Prévia do PIB “anda de lado” e frustra o mercado

No cenário doméstico, o principal destaque do dia é a divulgação do resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que registrou uma leve variação de 0,01% em novembro de 2023, na comparação com o mês anterior.

O resultado interrompe uma sequência de três quedas consecutivas do índice. Em setembro e outubro, o IBC-Br havia recuado 0,06%. Em agosto, a retração foi de 0,77%.

O resultado de novembro veio abaixo do esperado pelos analistas, que projetavam uma alta de 0,1% no período, de acordo com o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado.

Na comparação com novembro do ano passado, de acordo com o BC, o IBC-Br teve alta de 2,19%.

Já no acumulado dos 11 primeiros meses de 2023, o índice avançou 2,4%. Em 12 meses, a alta foi de 2,31%.

No trimestre encerrado em novembro de 2023, o indicador teve queda de 0,49%, na comparação anual.

Preocupação com juros nos EUA

Os investidores seguem acompanhando indicações sobre o comportamento dos juros nos Estados Unidos.

Os dados sobre o mercado de trabalho americano, que segue resiliente, diminuem a probabilidade de queda de juros na maior economia do mundo. Os novos pedidos de auxílio-desemprego no país recuaram para 187 mil (queda de 16 mil) na semana encerrada no dia 13 de janeiro, de acordo com dados divulgados pelo Departamento do Trabalho.

É o patamar mais baixo de pedidos de auxílio-desemprego registrado no país desde setembro de 2022.

A força do mercado de trabalho nos EUA é um dos componentes considerados pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) para definir a taxa de juros e esfriar a demanda na economia para combater a inflação.

Analistas temem que uma possível aceleração do mercado de trabalho nos EUA leve a um novo aperto da política monetária pelo Fed. Nesse sentido, a queda acima do esperado dos pedidos de seguro-desemprego pode ser interpretada como uma má notícia.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária do Fed, a taxa de juros foi mantida no patamar de 5,25% a 5,5% ao ano – a maior em 22 anos. Nas últimas 15 reuniões do Fomc, houve elevação dos juros em 11 e manutenção da taxa em quatro.

Dólar em queda

O dólar operava em queda na manhã desta sexta-feira. Às 11h55, a moeda americana recuava 0,04% e era negociada a R$ 4,929.

Na mínima das primeiras horas de sessão, o dólar caiu a R$ 4,903. A cotação máxima foi de R$ 4,935.

No dia anterior, o dólar subiu 0,02%, a R$ 4,31, a quarta alta consecutiva. Com o resultado, acumula valorização de 1,61% no mês e no ano.

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