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Bolsa fecha em baixa com temor sobre juros nos EUA; dólar fica estável

Principal índice da Bolsa, Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,54%, aos 115,9 mil pontos. Dólar teve leve recuo de 0,04%, a R$ 5,035

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1 de 1 Tela mostra cotações da bolsa de valores - Metrópoles - Foto: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

Principal indicador do desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa fechou o pregão desta terça-feira (17/10) em baixa, diante de uma menor disposição dos mercados globais para assumir riscos – ou seja, comprar ações.

Além disso, os títulos públicos dos Estados Unidos vêm registrando forte valorização, o que favorece o dólar em relação a ativos de maior risco, como ações, e a outras moedas.

O Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,54%, aos 115.908,43 pontos, apesar da alta de quase 3% das ações da Petrobras.

Na véspera, o principal índice da Bolsa do Brasil fechou em alta de 0,67%, aos 116,5 mil pontos. Com o resultado desta terça, o índice acumula perdas de 0,56% no mês e ganhos de 5,63% no ano.

Alerta sobre juros nos EUA

Em mais um dado que indica a resiliência da economia americana, as vendas do setor de varejo nos Estados Unidos registraram um crescimento de 0,7% em setembro deste ano, na comparação com agosto. Os dados foram divulgados mais cedo pelo Departamento do Comércio do governo dos EUA.

As vendas do comércio totalizaram US$ 704,9 bilhões no mês passado, superando as expectativas dos analistas. Para o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, a alta ficaria em 0,3%.

O índice de vendas do comércio americano pode parecer, à primeira vista, um bom sinal, mas preocupa analistas pelo potencial impacto na taxa de juros do país.

Com a economia resiliente e o mercado de trabalho aquecido, especialistas temem um novo aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), que deve voltar a subir os juros.

A elevação da taxa de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação e desaquecer a economia.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária do Fed, a taxa de juros foi mantida no patamar de 5,25% a 5,5% ao ano – a maior em 22 anos. Nas últimas 13 reuniões do Fomc, houve elevação dos juros em 11 e manutenção da taxa em duas.

De acordo com o relatório oficial de emprego (o “payroll”) dos EUA, divulgado pelo Departamento do Trabalho do governo americano, o país criou 336 mil novas vagas fora do setor agrícola em setembro, muito acima do esperado, o que reforça o momento mais aquecido da economia.

Setor de serviços decepciona

Além das atenções voltadas aos EUA, os investidores repercutiram dados da economia doméstica. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços recuou 0,9% em agosto deste ano, na comparação com julho, após três altas mensais consecutivas.

No acumulado do ano, a alta dos serviços é de 4,1% em relação ao mesmo período de 2022. Nos últimos 12 meses até agosto, a variação é de 5,3%.

O resultado mensal veio pior do que as estimativas do mercado – a maioria dos analistas esperava alta de 0,4%. Na comparação anual, a expectativa era crescimento de 2,8%.

Também foi a queda mais intensa desde abril de 2023, quando o setor teve contração de 1,7%.

Dólar

O dólar, por sua vez, registrou leve baixa na sessão desta terça, muito próximo da estabilidade.

A moeda americana recuou 0,04%, negociada a R$ 5,035. Foi o menor patamar desde outubro.

No dia anterior, o dólar caiu 1,02%, cotado a R$ 5,036. Com o resultado desta terça, acumula alta de 0,17% em outubro e baixa de 4,6% em 2023.

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