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Bolsa e dólar caem, com notícias dos EUA e da China

Economia americana deu sinais de força e chineses estão injetando até US$ 141 bilhões na economia local. Moeda americana fechou a R$ 4,931

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1 de 1 imagem colorida pregao bolsa de valores - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Ibovespa fechou em queda de 0,35%, aos 127.815 pontos, nesta quarta-feira (24/1). O principal índice da Bolsa brasileira (B3) foi fortemente influenciado por dados divulgados no fim da manhã nos Estados Unidos, mostrando que a economia americana continua aquecida.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços, um importante indicador econômico, subiu de 51,4, em dezembro, para 52,9 em janeiro, segundo pesquisa preliminar da S&P Global. O PMI industrial aumentou de 47,9 para 50,3 no mesmo período, atingindo o maior nível em 15 meses. Ele ficou acima da projeção do mercado, que era de 47,9. 

Na leitura do mercado, tal demonstração de força econômica, com segmentos como serviços e indústria mostrando tração, reduz a possibilidade de queda de juros nos EUA. Com isso, fica mantida entre os investidores a atratividade por títulos da dívida americana, os Treasures. Algo que, em contrapartida, reduz o interesse por ativos de renda variável e, portanto, como maior risco, como as ações em Bolsa.

Estímulo da China

Por outro lado, notícias positivas, também internacionais, favoreceram algumas empresas listadas no Ibovespa. Nesse caso, o banco central da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou uma redução de 0,5 ponto percentual na cota que as instituições bancárias precisam manter como reservas obrigatórias – os chamados depósitos compulsórios. 

O objetivo do corte é fazer com que, a partir de 5 de fevereiro, os bancos chineses liberem recursos para alavancar a liquidez do mercado. A meta do governo é injetar cerca de 1 trilhão de yuans, o equivalente a US$ 141 bilhões, na economia. Outras reduções de 0,25 ponto percentual do compulsório já haviam sido feitas em março e setembro de 2023.

Avanço das exportadoras

A nova medida da China teve como resultado a valorização de companhias brasileiras exportadoras de commodities. As maiores altas da B3 foram registradas por nomes como Marfrig (3,10%), além de siderúrgicas como Usiminas (3,12%), CSN Mineração (2,59%) e Gerdau (2,45%). Os papéis da Vale, com grande peso no Ibovespa, também subiam 0,95%. 

As baixas mais expressivas foram anotadas pela Natura (-5,32%) e Casas Bahia (-4,17%). A Petrobras, que tem forte influência no índice da Bolsa, recuou 0,65%. Bancões como Itaú e Bradesco também caíram no pregão, com perdas de 0,52% e 0,46%, respectivamente.

Dólar

Influenciado pela redução do compulsório na China, o dólar fechou em queda de 0,47%, cotado a R$ 4,931, nesta quarta-feira. Na semana, a moeda americana registra alta de 0,10%. No mês, a elevação é de 1,63%.

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