Bolsa dispara e dólar cai com perspectiva de queda dos juros nos EUA
Ibovespa atingiu 124 mil pontos, o maior patamar em 2 anos e meio. A moeda americana recuou quase 1%, cotada a R$ 4,91
atualizado
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O Ibovespa disparou nesta quarta-feira (13/12), fechando em alta de 2,38%, aos 129.411 pontos, o maior patamar desde 24 de junho de 2021, segundo dados do consultor Einar Rivero.
O principal índice da Bolsa brasileira (B3) iniciou a trajetória de alta por volta das 15h40, depois que os diretores do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciaram uma redução de 0,75 ponto porcentual na taxa de juros do país até o fim de 2024, um corte maior do que o projetado em setembro.
Além disso, os membros do BC americano deram o sinal mais nítido até agora de que o ciclo de alta de juros está terminando nos EUA. Nenhum membro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed, um órgão similar ao Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC) brasileiro, apontou a necessidade de taxas de juros mais elevadas.
A perspectiva de redução dos juros na maior economia do mundo é especialmente benéfica para as Bolsas de Valores. Isso porque ela reduz a atratividade dos títulos do Tesouro americano, os Treasuries, e aumenta o apetite de risco dos investidores por ativos de renda variada, como é o caso das ações.
Para os analistas da Toro Investimentos, a maior surpresa dos dados divulgados pelo Fed ocorreu em relação à projeção da mediana dos juros. Agora, a estimativa é de uma taxa ao redor de 4,6%, em 2024, ante projeção de 5,1%, apurada na reunião de setembro.
O Ibovespa também se valeu do forte avanço de ações de grande peso no índice. Os papéis da Vale apresentaram valorização de 0,08%, e estiveram entre os mais negociados da sessão. A Petrobras subiu 1,41%, com a elevação do preço internacional de petróleo. O Itaú e o Bradesco avançaram, respectivamente, 3,13% e 4,37%.
As maiores altas foram registradas pelo Magazine Luiza, com 9,65%, seguido pela MRV, com 7,81%. As baixas mais expressivas ficaram com SLC Agrícola (-0,90%) e BB Seguridade (-0,67%).
Dólar
Embalado pelo Fed, o dólar à vista fechou em queda de 0,97%, cotado a R$ 4,917. Na sessão, ele atingiu a mínima de R$ 4,915 e a máxima de R$ 4,976. Na semana, a moeda americana registra queda de 0,24% e de 6,83% no ano. No mês de dezembro, ela valorizou 0,05% em relação ao real.