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Bolsa dispara e dólar cai a R$ 4,89, com tropeço do emprego nos EUA

Queda do ritmo de elevação do mercado de trabalho americano aumentou o apetite dos investidores em ações. O Ibovespa subiu 2,78%

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1 de 1 Graficos - economia, bolsa de valores, investimento - PIB - Ações - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Ibovespa fechou em forte alta de 2,70%, aos 118.159 pontos, nesta sexta-feira (3/11). O principal índice da Bolsa brasileira (B3) foi puxado para cima por dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, que indicaram um possível desaquecimento da economia americana.

As informações foram divulgadas pelo Departamento do Trabalho dos EUA. Em outubro, foram criadas 150 mil vagas de emprego, número que representou uma forte queda em relação aos 297 mil postos abertos em setembro. Ambos os dados desconsideram o setor agrícola.

Na leitura dos investidores, a diminuição do ritmo do mercado de trabalho nos EUA reduz a possibilidade de novos aumentos dos juros. Tal perspectiva atenua o interesse do mercado global pelos títulos da dívida americana, considerados seguros. Em contrapartida, aumentam a atratividade de ativos de risco, como as ações em Bolsa.

O salto do mercado de capitais brasileiro também é resultado das decisões sobre os mesmos juros tomadas na quarta-feira (1º/11), tanto no Brasil como nos Estados Unidos. O Banco Central (BC) brasileiro cortou a taxa básica, a Selic, para 12,25% ano ano. O Federal Reserve, o BC americano, decidiu não elevar o índice. Ele foi mantido no intervalo de 5,25% e 5,5%.

Alta dos gigantes

A Vale e a Petrobras, com grande peso na Bolsa, também ajudaram impulsionar o Ibovespa. A mineradora avançou 1,25% no pregão, depois da sexta elevação seguida do minério de ferro no mercado chinês. A petrolífera subiu 1,20%, apesar da queda de 2,26% na cotação do barril de petróleo do tipo Brent, a referência internacional.

Os juros futuros também caíram nesta sexta, o que favoreceu as varejistas. Por isso, entre as maiores altas do Ibovespa ficaram os papéis da Casas Bahia, que subiram 17%, e do Magazine Luiza, com valorização de 12%.

Fato raro, na sessão, apenas uma empresa fechou em baixa. As ações da Suzano recuaram 0,39%. “A empresa foi prejudicada pela queda do dólar”, diz Fábio Louzada, economista e analista CNPI. “Por ser uma grande exportadora, ela se beneficia quando a moeda americana está mais forte.”

Dólar

O dólar fechou em baixa de 1,56%, cotado a R$ 4,89. Com o resultado, a moeda americana acumulou desvalorização frente ao real de 2,34% na semana e de 2,88% no mês. No ano, o recuo está em 7,25%.

 

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