metropoles.com

Bolsa despenca 2% após Haddad e Galípolo criticarem política do BC

A Bolsa recuou 2% nesta terça-feira (03/01), após integrantes da Fazenda fazerem uma crítica indireta à política de juros do Banco Central

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Fábio Vieira/Metrópoles
Bolsa de valores sao paulo b3 queda
1 de 1 Bolsa de valores sao paulo b3 queda - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou a sessão de hoje (3/1) em queda de 2,08%, aos 104.165 pontos.

Nos dois pregões de 2023 até aqui, a Bolsa acumula perdas de 5%. O mercado reagiu mal às primeiras decisões tomadas por Luiz Inácio Lula da Silva, em seu terceiro mandato, e às falas de Fernando Haddad e Gabriel Galípolo nesta terça-feira.

De manhã, o ministro da Fazenda criticou, em entrevistas, a situação dos juros e inflação no Brasil. Nas palavras de Haddad, a situação atual é “completamente anômala”.

“O Brasil está com taxa de inflação menor do que os Estados Unidos e a Europa, só que estamos com a maior taxa de juro real do planeta. Olha o paradoxo que estamos vivendo, uma situação completamente anômala, uma inflação comparativamente baixa e uma taxa de juro real fora de propósito para uma economia que já vem desacelerando”, disse o chefe da Fazenda.

Embora tenha dito que as conversas com o Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, estejam acontecendo de forma harmônica, Haddad sinalizou que o novo governo pode colocar a política monetária na mira de críticas.

A percepção foi evidenciada quando, no meio da tarde, o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, corroborou as críticas do seu chefe. Em entrevista ao canal Globonews, o número 2 do time econômico reforçou a necessidade de um novo arcabouço fiscal e de políticas que reduzam o déficit estimado em R$ 220 bilhões de 2023.

“A taxa de juros no Brasil saiu, em um passo curto, de 2% para 13,75%. Ao mesmo tempo, aprovou-se um programa de estímulo fiscal para transferir recursos para as pessoas. Esse antagonismo entre a política monetária e a política fiscal é observado em vários momentos de nossa história recente e dificulta muito a atuação da política econômica”, afirmou Galípolo.

As críticas, ainda que veladas, soaram mal aos investidores, principalmente considerando que a nova equipe econômica não apresentou proposta para a regra fiscal que deve substituir o teto de gastos.

Dólar

O dólar fechou em alta de 1,72% nesta terça-feira (3/1) e terminou o dia cotado a R$ 5,452. Trata-se da maior cotação de fechamento da moeda americana desde o dia 22 de julho do ano passado, quando encerrou a sessão a R$ 5,4977.

Com o resultado, o dólar já acumula uma alta de 3,3% em 2022. Na véspera, a moeda fechou em alta de 1,51%, cotada a R$ 5,360 na venda.

 

 

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?