Bolsa desaba e dólar supera R$ 5,15, em novo dia de tensão no exterior
Dados divulgados nesta terça (3/10) mostram que economia americana segue aquecida, o que deve manter os juros altos nos EUA por mais tempo
atualizado
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O Ibovespa fechou em forte queda de 1,53%, aos 113.300 pontos, nesta terça-feira (3/10). Mais uma vez, o principal índice da Bolsa brasileira (B3) foi afetado por dados da economia americana, que indicam a manutenção por mais tempo dos juros elevados nos Estados Unidos.
Esse cenário de taxas de juros elevadas, resulta na valorização dos títulos emitidos pelo Tesouro americano, os Treasuries. Esses papéis com vencimento para 10 anos mantêm-se no maior patamar desde 2007. Isso reduz a atratividade, sob o ponto de vista dos investidores, de aplicações com maior risco, como o mercado de ações de países emergentes. Daí, a queda da B3.
Nesta terça, a notícia que pressionou os mercados globais foi sobre o número de postos de trabalho em aberto nos Estados Unidos. Ele registrou um aumento inesperado em agosto, de acordo com informações do Departamento do Trabalho do governo americano. O mercado global interpretou tal fato como uma indicação de que a economia dos EUA continua aquecida, o que pode manter os juros elevados.
Pregão duro
No pregão, as ações da Vale e da Petrobras, com maior peso no Ibovespa, também caíram. A mineradora registrou recuo de 0,61% e a estatal, de 0,44%. No varejo, a situação não foi melhor, com o Magazine Luiza perdendo 8,46% e a Lojas Renner, 2,49%. As ações da Casas Bahia desvalorizaram 7,94%.
A Natura, que subiu 2,97%, liderou o grupo que registrou altas. O Fleury também avançou 2,17%, após uma elevação de 3,37%, na segunda-feira (2/10).
Dólar
Também pressionado pela elevação dos títulos americanos, no fim da tarde, o dólar comercial subia 1,81%, cotado a R$ 5,157, para a compra, e a R$ 5,158, para a venda.