Bolsa desaba e dólar sobe com alta do emprego nos EUA; entenda

O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), registrou queda de 0,80%, aos 121.914 pontos, na manhã desta sexta-feira (7/6) e o dólar comercial à vista subiu 0,53%, cotado a R$ 5,27. Na avaliação de analistas do mercado de capitais, ambos os movimentos foram puxados pelos dados divulgados sobre o nível de empregos nos Estados Unidos.

De acordo com o Departamento de Trabalho americano, os EUA criaram 272 mil novas vagas de emprego em maio. O número superou o resultado revisado de abril, de 165 mil postos. Ele também ficou bem acima do consenso dos especialistas, de 190 mil, e da média de 12 meses, de 232 mil novos empregos.

Tais dados têm forte influência sobre os mercados globais. Isso porque eles indicam que a economia americana segue aquecida. Com isso, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) tende a protelar a redução dos juros no país, hoje fixados no intervalo entre 5,25 e 5,50%, o maior patamar desde 2001 – ou seja, em 23 anos.

Elevadas, essas taxas aumentam a atratividade dos títulos da dívida americana, os Treasuries. Em contrapartida, reduzem o interesse dos investidores por ativos de maior risco, como as ações negociadas em Bolsa, notadamente nos países emergentes como o Brasil. Esse cenário também pressiona a alta do dólar.