Bolsa de NY sofre pane e ações de gigantes oscilam descontroladas
Problema ocorreu na abertura do pregão. A causa do incidente ainda está sendo investigada. Variações afetaram Walmart e McDonald’s
atualizado
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Para quem crê que as bolsas de valores são sistemas infalíveis é bom observar o que ocorreu na manhã desta terça-feira (24/1), na New York Stock Exchange, a NYSE, a maior bolsa do mundo, em Nova York. Ali, na abertura do pregão, um problema ainda não identificado provocou fortes oscilações no preço dos papeis, com variações de até 25 pontos percentuais entre máximas e mínimas em questão de minutos.
A pane afetou papeis de bancos como Wells Fargo e Morgan Stanley, além de varejistas como o Walmart e o McDonald’s. “A bolsa continua investigando problemas com o leilão de abertura de hoje”, informou a NYSE, em seu site. A Secutiries and Exchange Comissão (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) também analisará o problema.
Pelo menos 40 ações foram afetadas. Os papeis do Wells Fargo, por exemplo, fecharam na segunda-feira em US$ 45,03 e depois caíram para US$ 38,10 na manhã de terça, antes de se recuperar. A cotação do Morgan Stanley caiu para US$ 84,93 depois de alcançar US$ 97,13, na segunda-feira.
Os investidores prejudicados pelos movimentos devem recorrer à NYSE. Se confirmada a falha do sistema, é possível pedir um reembolso das perdas. Uma regra chamada de “Execução Claramente Errada” permite ainda a revisão de qualquer ordem executada a partir de um “erro óbvio”.
Episódios desse tipo são raros, mas não inéditos. No ano passado, a mesa de operações do Citigroup, em Londres, esteve por trás de um crash que derrubou ações em toda a Europa. No Canadá, a pane de um software provocou uma interrupção de 40 minutos em três bolsas de valores. Outro incidente, em maio de 2010, levou o Nasdaq, a bolsa americana que concentra empresas de tecnologia, a cancelar negociações de 286 títulos que caíram ou subiram mais de 60%.