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Bolsa cai puxada por Vale e Petrobras; dólar fica no zero a zero

Ibovespa recuou 0,53%, com investidores de olho nas reuniões dos BCs do Brasil e dos EUA. Moeda americana teve queda de 0,03%, a R$ 4,87

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1 de 1 Graficos - economia, bolsa de valores, investimento - PIB - Ações - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Ibovespa fechou em queda de 0,53%, aos 118.757 pontos, nesta sexta-feira (15/9). Esse foi o primeiro recuo do principal índice da Bolsa brasileira (B3), após quatro sessões seguidas de avanços. Na semana, contudo, o indicador registrou elevação de 2,99%.

Na avaliação de Dierson Richetti, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital, o Ibovespa foi afetado pela desvalorização dos papéis da Vale e da Petrobras, as duas empresas com maior peso no índice.

Sujeitas a altas e baixas seguidas, ambas as companhias vem sendo afetadas por incertezas no mercado internacional. Notadamente, na China, que luta para retomar o vigor do crescimento, e nos Estados Unidos, que briga contra a inflação e mantém os juros nas alturas. Hoje, a mineradora recuou 0,39% e a petrolífera, 0,15%.

Das 86 ações do Ibovespa, 53 caíram nesta sexta. O destaque negativo ficou com o Grupo Casas Bahia. E pelo segundo pregão seguido. Na quinta-feira, as ações da empresa haviam recuado 18,92%. Hoje, perderam 15,56% do valor, cotadas a R$ 0,76. As quedas foram provocadas pela reação negativa dos investidores à captação de R$ 622,9 milhões em uma oferta subsequente de ações (follow-on). O mercado esperava R$ 981 milhões.

Os papéis dos supermercados também embicaram para baixo. Os investidores entendem que os juros ainda pesam sobre o setor. Com isso, houve desvalorização generalizada. A redução foi de 4,15%, no GPA; de 1,66%, no Assaí; e de 6,57%, no Carrefour. Em outra frente do varejo, a situação não foi melhor. As Lojas Renner caíram 3,18%; o Magazine Luiza (MGLU3), 3,10%; e Grupo Soma, 2,18%.

Esperando o BC

De acordo com os analistas, além de um dia de baixa liquidez no mercado, também pesou no pregão e expectativa de definição das taxas de juros nas reuniões dos integrantes dos bancos centrais (BCs) do Brasil e dos Estados Unidos, que ocorrerão na quarta-feira da próxima semana.

Embora ninguém aposte em surpresas por parte dos BCs, observa Richetti, da GT Capital, a proximidade do anúncio faz com que os investidores entrem numa espécie de “modo cautela”. João Vitor Feitas, analista da Toro Investimentos, considera que, além das taxas, o mercado aguarda o conteúdo dos comunicados dos bancos centrais, que oferece indicações sobre o comportamento dos juros nos próximos meses.

Dólar

Nesse contexto, o dólar fechou o dia cotado a R$ 4,8706, em queda leve de 0,03%. No acumulado da semana, o recuo da moeda americana foi de 2,24%.

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