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Bolsa cai forte e dólar dispara a R$ 4,99 com nova política industrial

Mercado reagiu com ceticismo ao plano industrial apresentado pelo governo. Investidores também monitoram indicadores econômicos no exterior

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1 de 1 Imagem de painel da Bolsa de Valores Brasil - Metrópoles - Foto: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

Em um dia marcado pelo lançamento de uma nova política industrial pelo governo brasileiro, o mercado financeiro reagiu com ceticismo e o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do país, fechou em forte queda, abaixo dos 127 mil pontos.

O indicador encerrou o primeiro pregão da semana, nesta segunda-feira (22/11), com um tombo de 0,81%, aos 126.601,55 pontos.

Na sexta-feira (19/1), o Ibovespa fechou em alta de 0,24%, aos 127,6 mil pontos. Com o resultado desta segunda, a Bolsa brasileira acumula queda de 4,89% em 2024.

Novo programa para a indústria

No âmbito doméstico, o destaque deste início de semana foi o lançamento de uma nova política industrial brasileira, focada em impulsionar o desenvolvimento do setor até 2033. A cerimônia de lançamento do programa ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.

Segundo a pasta, o governo federal vai destinar R$ 300 bilhões para financiamentos em crédito e subsídio relacionados ao plano até 2026.

A proposta tem como objetivo “melhorar diretamente o cotidiano das pessoas, estimular o desenvolvimento produtivo e tecnológico, ampliar a competitividade da indústria brasileira, nortear o investimento, promover melhores empregos e impulsionar a presença qualificada do país no mercado internacional”, de acordo com o Planalto.

EUA e Europa no radar

Nesta semana, o mercado financeiro aguarda a divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no quarto trimestre de 2023, prevista para quinta-feira (25/1).

Segundo o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, a economia americana deve registrar alta de 2% no período entre outubro e dezembro de 2023. No trimestre anterior, o crescimento foi de 4,9%.

Também na quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) divulgará sua decisão de política monetária. Na última reunião, em dezembro, as taxas foram mantidas inalteradas: a de refinanciamento (a principal) se manteve em 4,5%, enquanto a taxa sobre depósitos seguiu em 4%. A taxa sobre empréstimos marginais permaneceu em 4,75%.

Ainda no cenário internacional, o Banco do Povo da China (PBoC, o Banco Central chinês) anunciou nesta segunda-feira, pelo quinto mês consecutivo, a manutenção de algumas das mais importantes taxas de juros da economia.

Os juros de referência para empréstimos de 1 ano foram mantidos em 3,45%, enquanto a taxa para empréstimos de 5 anos ficou em 4,2%. A última alteração na taxa de juros promovida pelo BC da China foi em agosto do ano passado.

Dólar dispara

Em movimento contrário ao da Bolsa, o dólar operou em alta desde a manhã desta segunda-feira.

A moeda americana terminou o dia subindo 1,24%, negociada a R$ 4,988. Na máxima da sessão, o dólar chegou aos R$ 4,992. A cotação mínima foi de R$ 4,926.

Na última sessão da semana passada, o dólar recuou 0,08%, cotado a R$ 4,927, próximo da estabilidade.

Com o resultado desta segunda, o dólar acumula ganhos de 2,79% no primeiro mês do ano.

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