Bolsa cai firme e dólar encosta nos R$ 5, com mau humor externo
Ibovespa desabou 1,15% e moeda americana ficou cotada a R$ 4,982, com perspectiva de mantenção de juros altos nos Estados Unidos
atualizado
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O Ibovespa fechou em queda de 1,15%, a 115.985 pontos, nesta quarta-feira (6/9). O principal índice da Bolsa brasileira (B3) segue sendo contaminado pelo cenário negativo do exterior.
“O principal fator de queda foi a incerteza em relação à taxa de juros nos Estados Unidos”, diz Caio Canez de Castro, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital. “Além disso, a baixa liquidez e o feriado de quinta-feira reduziram o ímpeto pelo risco dos investidores.”
Nesta quarta, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) divulgou o Livro Bege, relatório que mapeia as condições econômicas do país. O Fed apontou que, em julho e agosto, o cenário inflacionário deu sinais de melhora e o crescimento econômico foi modesto. Mas o mercado de trabalho segue forte. Com isso, os juros entre americanos podem continuar altos por um bom tempo.
A Vale também ajudou a piorar a situação da Bolsa. As ações da empresa, que tem o maior peso no Ibovespa, fecharam em queda de 1,59%. “Entre as altas do dia, um dos destaques foi a Braskem”, afirma Castro, da GT Capital. “A empresa anunciou a emissão de títulos no exterior, com potencial de captação de US$ 1 bilhão, além de encaminhar o fim do seu envolvimento em acordos judiciais internacionais.”
De acordo com a plataforma TradeMap, os papéis que apresentaram maior valorização no pregão foram Braskem (BRKM5, +5,39%), Via (VIIA3, +2,56%) e o grupo educacional Yduqs (YDUQ3, +2,32%). As maiores baixas ficaram com Vamos (VAMO3, -7,10%), CVC (CVCB3, -4,94%) e IRB (IRBR3, -4,49%).
Dólar
As incertezas vindas do exterior também pressionaram o dólar. Ele voltou a esbarrar nos R$ 5. A moeda americana fechou em alta de 0,16%, cotada a R$ 4,982, nesta quarta-feira.