Bolsa cai e dólar sobe, com juros nos EUA, ICMS e Petrobras
No fim da tarde desta terça, Ibovespa caminhava para queda de 0,2% e moeda americana havia fechado em alta de 0,95%, cotada a R$ 4,898
atualizado
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O dólar comercial encerrou a sessão desta terça-feira (21/11) em alta 0,95%, cotado a R$ 4,898. Durante o dia, ele atingiu a mínima de R$ 4,848 e a máxima de R$ 4,908. Às 18 horas, o Ibovespa também registrava resultado negativo, com queda de 0,22%, aos 125.681 pontos.
Na avaliação de analistas, tanto o câmbio quanto principal índice da Bolsa brasileira (B3) foram afetados por fatores como a ata do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), além de polêmicas envolvendo a cobrança do ICMS e a Petrobras.
No front externo, a ata da última reunião do Fomc, realizada em 1º de novembro, não trouxe indícios de que haverá uma redução da taxa dos juros nos Estados Unidos no curto prazo, o que reduz a atratividade de investimentos de risco, como as ações em Bolsa. Ao contrário, os integrantes do órgão mostraram-se preocupados com sinais de aquecimento da economia americana.
Para o analista Miguel Rodrigues, sócio da Matriz Capital, o mercado de capitais também não gostou da proposta de aumento do ICMS, feita por seis grandes estados brasileiros. “Ela impacta negativamente o nosso índice, sendo o setor elétrico, o bancário e o de consumo os mais afetados com essa decisão”, afirmou.
Rodrigues observou que os rumores sobre uma eventual saída de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras também ajudaram a manter o Ibovespa no campo negativo. Perto do fechamento da Bolsa, as ações da estatal, com forte peso no Ibovespa, operavam em queda de 0,87%.
Na avaliação de Lucas Serra, analista da Toro Investimentos, a boa notícia do pregão ficou com o aumento da cotação internacional do minério de ferro, o que melhorou o desempenho de mineradoras e siderúrgicas. Nesse contexto, os papéis da Vale subiram 2,6% e os da Gerdau, 2,13%.