Bolsa cai 2,25% na semana, com juros nos EUA e choque no Oriente Médio
Nesta sexta (20/10), Ibovespa recuou pelo quarto pregão seguido. O dólar também caiu 0,45%, cotado a R$ 5,030
atualizado
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O Ibovespa fechou em queda de 0,74%, aos 113.155 pontos, nesta sexta-feira (20/10), o menor nível do desde 5 de junho. Esse foi o quarto pregão seguido de baixa do principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3). Na semana, ele acumulou perdas de 2,25%. No mês, o recuo chegou a 2,93%. No ano, contudo, anotou elevação de 3,31%.
O índice tem sido fortemente afetado nas últimas semanas pela expectativa de manutenção dos juros em patamares elevados nos Estados Unidos e, mais recentemente, pela explosão do conflito entre Israel e o Hamas.
Nesta sexta, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de Atlanta, Raphael Bostic, disse que não prevê cortes nas taxas de juros americanas antes de meados de 2024. Com a declaração, as bolsas de Nova York também registraram perdas. O índice S&P 500 recuou 1,26%; o Dow Jones, 0,86%; e o Nasdaq, 1,53%.
No Brasil, das 86 ações do Ibovespa, 49 caíram. No grupo das quedas, ficaram a Vale e a Petrobras, com grande peso no índice. Os papéis da mineradora sofreram o impacto da desvalorização internacional do minério de ferro. Ele perdeu 3,17% do valor no mercado futuro chinês.
No caso da petrolífera, os investidores repercutiram o aumento promovido pela estatal de 6,57% do litro do diesel e a redução do valor médio da gasolina “A” de 4,05%. O preço do petróleo também baixou. Ele caiu 0,23%, com o barril do tipo Brent, a referência internacional, cotado a US$ 92,16.
Dólar
O dólar à vista encerrou a sessão em queda de 0,45%, cotado a R$ 5,030, nesta sexta. Esse foi o menor nível de fechamento da moeda americana desde 29 de setembro. No acumulado da semana, ela desvalorizou 1,15% frente ao real e, em 2023, registrou recuo de 4,69%.
A baixa desta sexta foi resultado do alívio no mercado dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), com a taxa de dez anos um pouco mais distante do nível 5%. Isso permitiu a apreciação do câmbio doméstico.