Bolsa cai 2% na semana, puxada por temor de juros altos nos EUA
Nesta sexta-feira (22/9), o dólar fechou cotado a R$ 4,93, registrando leve queda de 0,02%
atualizado
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O Ibovespa fechou em leve queda de 0,12%, aos 116.008 pontos, nesta sexta-feira (22/9). Com o resultado, o indicador acumulou uma redução de 2,31% na semana e, no mês, valorizou 0,23%.
O principal índice da Bolsa brasileira (B3) oscilou bastante durante o pregão desta sexta. Ele chegou a ficar no campo positivo no início do dia, alcançando 116.968 pontos, mas perdeu força ao longo do pregão. Para analistas, foi afetado negativamente pelas expectativas com a política monetária dos Estados Unidos, que deve manter os juros altos por mais tempo no país.
Na avaliação de André Fernandes, sócio da A7 Capital, as principais altas do Ibovespa foram puxadas pelas commodities, caso do minério de ferro e do petróleo, cujos preços subiram no mercado internacional. Com isso, as ações da Vale avançaram 0,74% e as da Petrobras, até 0,80%. Juntas, elas têm um peso de 27% do Ibovespa.
Destaques positivos
Fernandes nota o Atacadão-Carrefour teve desempenho positivo, ao receber indicação de compra pelo Citi. As ações da Raia Drogasil (RADL3) subiram por motivo similar. O destaque da semana, afirma o especialista, coube à Suzano, a maior produtora de papel e celulose do mundo. Ela anunciou um reajuste no preço da celulose, que passa a valer US$ 50 por tonelada, o que fortaleceu os papéis da empresa.
Das 86 ações do Ibovespa, 61 delas caíram nesta sexta. Os maiores recuos foram registrados pela Casas Bahia (BHIA3, -8,11%), Magalu (MGLU3, -4,68%) e Vamos (VAMO3, -3,96%), de acordo com dados compilados pela plataforma TradeMap.
Dólar
O dólar à vista encerrou o dia em leve queda de 0,02%, ou seja, praticamente estável, cotado a R$ 4,932. A moeda americana encerrou a semana com alta de 1,27% em relação ao real. Em setembro, teve queda de 0,36%. Em 2023, a desvalorização ficou em 6,55%.