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Bolsa bate novo recorde e dólar sobe com indicação de Galípolo ao BC

Principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,42%, aos 137.343,96 pontos. Dólar vale R$ 5,55

atualizado

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Homem sentado em cabine de negociação durante o pregão da Bolsa de Valores do Brasil - Metrópoles
1 de 1 Homem sentado em cabine de negociação durante o pregão da Bolsa de Valores do Brasil - Metrópoles - Foto: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

A indicação de Gabriel Galípolo para o comando do Banco Central renovou o recorde de fechamento do Ibovespa nesta quarta-feira (28/8). O principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,42%, aos 137.343,96 pontos. Este é o maior patamar histórico de fechamento, em termos nominais. Na máxima do dia, chegou a 137.469 pontos, recorde de pontuação durante o pregão.

O dólar encerrou a sessão em alta de 0,96%, valendo R$ 5,55. Com o resultado, a moeda americana acumulou alta de 1,41% na semana, recuo de 1,73% no mês e alta de 14,51% no ano. 

A bolsa reagiu assim que o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) anunciou a indicação do atual diretor de Política Monetária para a presidência do Banco Central, no fim da tarde desta quarta. O nome de Galípolo foi bem recebido por agentes do mercado financeiro.

Antes mesmo do anúncio oficial, Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, disse estar “à disposição para fazer a sucessão da melhor forma possível”, em evento em São Paulo. Ele até já defendia o anúncio antecipado do novo presidente, devido à sabatina no Senado.

Além da indicação de Galípolo, o mercado reagiu aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27/8). Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. 

Sabatina

O governo federal já  articula com o Senado para que a sabatina de Gabriel Galípolo, ocorra na próxima terça-feira (3/9) na Comissão de Assuntos Econômicos.

Galípolo foi braço direito de Haddad no Ministério da Fazenda nos primeiros meses de 2023, como secretário-executivo e, agora, é um dos oito diretores do Banco Central. Economistas não acreditam que ele vá mudar a linha do BC. Na avaliação de Felipe Salto, ex-secretário da Fazenda de São Paulo e atual economista-chefe da corretora Warren Rena, a confirmação de Galípolo na presidência do BC é “muito positiva para os mercados”.

“Gabriel é um economista excepcional, com experiência acadêmica e uma folha de serviços prestados nos setores público e privado”, afirma Salto. “Muitos se esquecem de que ele atuou no governo Serra, em São Paulo, com muito sucesso, nas áreas de PPP e concessões”.

Gustavo Bertotti,  diretor de renda variável da Fami Capital, também considera que não houve surpresa da indicação de Galípolo, que ainda será submetido à sabatina do Senado. “É um membro do governo, indicado pelo governo”, afirma. “Agora, vamos ter de acompanhar se ele vai manter a postura técnica e independente que se espera de um presidente do BC”. disse.

 

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