Bolsa abre em queda, com crescimento menor da China no radar

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), opera em queda na manhã desta segunda-feira (6/3). Às 11h50, o índice marcava recuo de 0,3%, aos 103.586 pontos.

O mercado reage de forma negativa à projeção do PIB divulgada pela China. O governo chinês confirmou que a meta de crescimento para o país em 2023 é de cerca de 5%.

A economia do país asiático teve em 2022 um de seus desempenhos mais fracos em quase cinco décadas, com o Produto Interno Bruto (PIB) avançando 3%. Excluindo a expansão de 2,2% após o golpe inicial da Covid-19, em 2020, esse foi o pior resultado desde 1976.

O resultado fraco do PIB chinês foi, segundo analistas, consequência da pressão por três anos das restrições impostas pela Covid-19. Isso além da crise no setor imobiliário e do enfraquecimento da demanda por exportações do país.

A perspectiva de desaceleração do principal parceiro comercial brasileiro afeta as ações de empresas exportadoras. CSN, Vale e PetroRio recuam em torno de 2%, com os piores desempenhos do dia.

No lado positivo, as ações da Azul avançam mais de 30% após a empresa divulgar um resultado do último trimestre de 2022 acima do esperado. A empresa aérea anunciou, ainda, a renegociação de dívidas relativas ao arrendamento de aeronaves. A repactuação desses débitos deve prover um alívio de caixa.