Bolsa abre em forte queda com temor sobre bancos; dólar vai a R$ 5,30
Bolsa brasileira tombava 1,72% poucos minutos após a abertura do pregão, prenunciando um dia difícil; dólar ultrapassou a marca de R$ 5,30
atualizado
Compartilhar notícia
Na esteira da queda dos principais índices do mercado na Europa, em meio à preocupação sobre a saúde do sistema bancário global, a Bolsa de Valores brasileira abriu em forte queda nesta quarta-feira (15/3).
O Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações negociadas na bolsa, tombava 1,72% poucos minutos após a abertura do pregão, prenunciando um dia difícil.
Na véspera, o Ibovespa fechou em ligeira queda de 0,18%, aos 102,9 mil pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular perdas de 1,91% no mês e de 6,20% no ano.
Vale e Petrobras em queda
Os preços para os contratos futuros do petróleo registravam fortes quedas nesta manhã, reproduzindo o movimento negativo dos dias anteriores. As incertezas sobre o setor bancário e a valorização do dólar no exterior derrubaram a commodity para o patamar mais baixo em 15 meses.
Entre as ações mais negociadas do pregão até aqui, Vale e Petrobras registram quedas de 1,4% e 2%, respectivamente. O Itaú recua 1,1%.
A maior baixa do dia é novamente da CVC, que opera com perdas de quase 13%, com ação negociada a R$ 3,05, em meio a rumores sobre a reestruturação de sua dívida.
Dólar sobe
O dólar, por sua vez, engatou forte alta no início da sessão e bateu em R$ 5,30.
Às 10h25, a moeda americana avançava 0,56% e era negociada a R$ 5,287.
Na cotação máxima desta manhã até o momento, o dólar foi vendido a R$ 5,329. Na mínima, recuou para R$ 5,273.
Temor global
Como noticiado mais cedo pelo Metrópoles, as ações do Credit Suisse registram forte queda após o principal acionista da instituição financeira, o Saudi National Bank (SNB), da Arábia Saudita, afastar a possibilidade de fazer aportes no banco, que passa por grave crise.
Além do derretimento do Credit Suisse, outros bancos europeus também desabam nesta quarta. O BNP Paribas caía 11,5%, enquanto o Société Générale recuava 7,48%, e o HSBC, 4,31%.
O mercado financeiro ainda repercute o colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank, nos Estados Unidos.