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Bolsa abre em alta com Americanas e discursos no Fed; dólar cai

Por volta das 10h40, o Ibovespa avançava 0,35%, buscando manter o patamar dos 123 mil pontos. Dólar recuava 0,41% e era negociado a R$ 4,842

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1 de 1 Imagem de painel da Bolsa de Valores do Brasil, a B3 - Metrópoles - Foto: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

No primeiro pregão depois de ter atingido a pontuação máxima em dois anos, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, abriu a sessão desta quinta-feira (16/11) operando em alta, em um dia no qual os investidores repercutem a divulgação dos últimos balanços financeiros de empresas brasileiras e discursos de integrantes do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos).

Por volta das 10h40, o Ibovespa avançava 0,35%, buscando manter o patamar dos 123 mil pontos (123.593,90).

No último pregão, na terça-feira (14/11), o índice fechou em alta de 2,29%, aos 123,1 mil pontos, o maior nível de fechamento desde agosto de 2021. Com o resultado, acumula ganhos de 8,56% no mês e 12,24% no ano.

Americanas divulga balanço

Na volta do feriado, o mercado financeiro repercute a divulgação dos balanços da Americanas, gigante do varejo que está em recuperação judicial.

Em 2021, a varejista reportou um prejuízo de R$ 6,237 bilhões, revisando o resultado anunciado anteriormente, que indicava um lucro líquido de R$ 544 milhões.

Em 2022, a Americanas também ficou no vermelho, com um prejuízo de R$ 12,912 bilhões. Com os resultados revisados, a companhia registrou um aumento de 104% nas perdas entre 2021 e 2022.

A fraude contábil que veio à tona em janeiro e mergulhou a Americanas na maior crise de sua história foi de R$ 25,2 bilhões, de acordo com informações divulgadas pela varejista nesta manhã.

O montante é superior ao divulgado em janeiro, quando as “inconsistências contábeis” eram estimadas em cerca de R$ 20 bilhões.

Apesar dos sucessivos atrasos, a divulgação do balanço da Americanas foi bem recebida pelo mercado. Às 10h30, as ações da varejista subiam 10%, a R$ 0,88.

Discursos no Fed

No cenário externo, depois da euforia com a forte desaceleração da inflação nos EUA em setembro, os investidores aguardam novos discursos de integrantes do Fed, previstos para esta quinta.

O dado de inflação de outubro era aguardado com expectativa pelos investidores porque serve como base para o Fed definir os próximos passos da taxa de juros no país. A elevação dos juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação.

Na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed, os juros básicos foram mantidos no patamar entre 5,25% e 5,5% ao ano, o maior nível em 22 anos.

Nas últimas 14 reuniões do Fomc, houve elevação dos juros em 11 e manutenção da taxa em três.

Além dos juros americanos, o mercado também volta suas atenções à reunião entre os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, que acontece pouco antes da Cúpula de Líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).

Dólar

O dólar operava em baixa na manhã desta quinta-feira. Às 10h40, a moeda americana recuava 0,41% e era negociada a R$ 4,842.

Na sessão anterior, o dólar recuou 0,93%, cotado a R$ 4,862, o menor nível desde setembro.

Com o resultado, acumula perdas de 3,56% em novembro e de 7,89% em 2023.

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