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Boa Vista, dona do SCPC, sobe 50% na Bolsa após proposta de compra

Empresa americana de crédito Equifax fez uma oferta de compra com um “prêmio” de 70% sobre o valor de mercado da Boa Vista Serviços

atualizado

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1 de 1 boa-vista-scpc - Foto: Divulgação

A Equifax, empresa dos Estados Unidos de serviços de crédito, fez uma proposta de compra da Boa Vista Serviços. Fundada há mais de 60 anos, a empresa administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito, conhecido como SCPC.

Na proposta enviada pelos americanos está a compra de todas as ações da Boa Vista listadas na Bolsa de Valores brasileira, com um prêmio de 70% em relação à cotação de ontem. A possibilidade de captar o bônus oferecido pela Equifax causou uma corrida de investidores pelos papeis da Boa Vista, que fecharam em alta de 48% nesta segunda-feira (19/12).

Caso a venda seja aprovada, os investidores poderão escolher se receberão o valor correspondente pelas ações em dinheiro ou se receberão em ações da própria Equifax negociadas no Brasil e nos Estados Unidos. Também é possível escolher uma combinação das duas coisas – parte em dinheiro e parte em ações.

A operação avalia a Boa Vista Serviços em R$ 4,5 bilhões. A Equifax tem um valor de mercado de US$ 23 bilhões nos Estados Unidos, algo como R$ 170 bilhões.

A empresa americana já era dona de 10% das ações da Boa Vista Serviços. Na operação, ela deve comprar as partes dos outros grandes sócios: o fundo TMG, que tem participação de 21%, e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que detém 30% das ações. Segundo divulgado pela Boa Vista, a ACSP já teria aprovado a venda.

Em contrapartida, a Associação Comercial teria acordado um termo de não-competição de 15 anos. Isso significa que, nesse período, a organização estaria proibida de ofertar serviços que concorram com os da Equifax, além de autorizar o acesso à base de dados que hoje administra.

A Boa Vista é um dos maiores birôs de crédito do mercado brasileiro. Ela concentra os dados financeiros de 280 milhões de consumidores e empresas brasileiras. Tais informações são repassadas para bancos e instituições financeiras, que, com base no histórico financeiro, avaliam se concedem ou não linhas de crédito para seus clientes.

 

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