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Bloqueio do “barão dos ônibus” pode atingir marca famosa de macarrão

Banco acusa “barão dos ônibus” de São Paulo de fraude e pede bloqueio de contas da Selmi, dona da famosa marca de macarrão Renata

atualizado

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BELARMINO ASCENÇÃO MARTA, O BELARMINO PAI, É O BARÃO DOS ÔNIBUS DE SÃO PAULO
1 de 1 BELARMINO ASCENÇÃO MARTA, O BELARMINO PAI, É O BARÃO DOS ÔNIBUS DE SÃO PAULO - Foto: Divulgação

São Paulo — O bloqueio judicial de R$ 56 milhões sobre o império de empresas de ônibus de Belarmino Ascenção Marta, o “barão dos ônibus”, pode atingir também os ativos da Pastifício Selmi, tradicional empresa do ramo alimentício e dona das marcas de macarrão Renata e Galo.

Como mostrou o Metrópoles, empresas da família do “barão dos ônibus” estão envolvidas em uma briga do Banco Sistema, sucessor do antigo Bamerindus, que resultou no bloqueio milionário sobre as contas de Belarmino pai e de suas companhias.

No processo, o banco acusa Belarmino de ter adquirido uma outra empresa de ônibus nos anos 1990 e esvaziado todos os seus ativos deixando uma dívida milionária. O caso se arrasta há 26 anos na Justiça, e o banco o acusa de fraude para blindar seu patrimônio.

A Justiça autorizou o bloqueio de R$ 56 milhões e já foram confiscados R$ 10 milhões. Para resgatar todo o valor cobrado, o banco também pediu o bloqueio de contas de outras empresas ligadas a ele.

Entre elas, está a Selmi, empresa que tem 135 anos e produz o famoso macarrão Renata, além de biscoitos e azeite. Atualmente, seu capital é de R$ 47 milhões. O filho do “barão dos ônibus”, Belarmino Ascenção Marta Filho, era amigo do dono e foi sócio da empresa por alguns anos. Eles brigaram e Belarmino filho acabou destituído da empresa.

O banco afirma que duas holdings da família têm como seu mais reluzente ativo a participação na Selmi. Elas são sediadas em empresas do Grupo Belarmino e tiveram “intensa interação financeira” com as empresas de ônibus, segundo a instituição financeira.

Em 2017, por exemplo, o banco aponta que uma das empresas tinha um “passivo multimilionário contraído junto à Selmi e, paralelamente, relevantes “empréstimos” feitos à Belarmino pai e à Rápido Campinas, outra empresa de ônibus da família.

Ao autorizar o bloqueio de R$ 56 milhões sobre as contas dos empresários e do Grupo Belarmino, a juíza responsável por julgar a ação do banco afirmou que o confisco de contas da Selmi precisaria de uma análise mais aprofundada e, por isso, indeferiu, o pleito, por enquanto. Ela deve voltar a analisar este requerimento ao longo do processo.

 

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