Bitcoin tem melhor janeiro em 10 anos e pode voltar a US$ 45 mil
A alta do bitcoin no mês passado foi de mais de 39%; janeiro de 2023 também foi o melhor mês da moeda virtual desde outubro de 2021
atualizado
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Depois de um 2022 marcado pelo “inverno cripto”, com quedas expressivas das cotações de criptomoedas e perdas enormes para os investidores que têm esses ativos em carteira, o bitcoin consolidou sua recuperação em janeiro deste ano.
A moeda virtual registrou, no primeiro mês de 2023, seu melhor resultado para janeiro em uma década, desde 2013.
A alta do bitcoin no mês passado foi de mais de 39%. Há 10 anos, em janeiro de 2013, o crescimento foi de 54,5%. Janeiro de 2023 também foi o melhor mês do bitcoin desde outubro de 2021, quando houve alta de 40%.
No grupo das maiores criptomoedas em valor de mercado, a única a chegar perto do bitcoin foi o Ethereum (ETH), que registrou alta de 31% em janeiro. A Binance Coin (BNB), por sua vez, teve uma valorização de 27%.
US$ 45 mil até o fim do ano
A reação do bitcoin neste início de 2023 indica para um ano positivo da criptomoeda, segundo projeções do provedor de serviços cripto Matrixport, que divulgou um relatório na quarta-feira (1º/2).
De acordo com o levantamento, em cinco das seis vezes nas quais o bitcoin se recuperou em janeiro, a moeda digital fechou o ano com fortes ganhos – em média, de mais de 245%. O único ano em que o bitcoin recuou após um janeiro positivo foi 2014.
Segundo o relatório da Matrixport, hoje existe uma “alta probabilidade estatística” de que o preço do bitcoin dobre até o fim deste ano, chegando ao patamar de US$ 45 mil (R$ 228,2 mil) até o Natal. Atualmente, a moeda está cotada em cerca de US$ 23,4 mil (R$ 119 mil).
O que explica a escalada do bitcoin
Segundo analistas consultados pelo Metrópoles, o arrefecimento da inflação nos EUA e a indicação de que, como consequência, a taxa básica de juros da economia americana pode cair em um futuro próximo, são alguns dos motivos que levam à valorização do bitcoin.
As criptomoedas, em geral, são consideradas ativos de maior risco do que investimentos em renda fixa, por exemplo – o que oferece oportunidade de maior retorno.
Projeções apontam que parte dos investidores destinam algo entre 1% e 10% de seu patrimônio para esses ativos de maior risco. Com a perspectiva de inflação menor e juros mais baixos nos EUA neste ano, os criptoativos acabam se tornando mais atraentes. Afinal, juros mais baixos diminuem a rentabilidade da renda fixa, o que anima os investidores a serem mais arrojados.
A forte volatilidade no mercado, uma característica das criptomoedas, também explica a ascensão do bitcoin neste momento. Após períodos de grandes perdas, como ocorreu no fim do ano passado, a tendência é que esses ativos passem por ondas de forte valorização.