Beto Sicupira e filho de Lemann deixam conselho da Americanas
Assembleia de acionistas definiu sete nomes de conselheiros. Três deles já faziam parte do órgão, quando a crise da varejista estourou
atualizado
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Carlos Alberto Sicupira e Paulo Lemann, filho de Jorge Paulo Lemann, saíram do conselho de administração da Americanas. A nova composição do órgão de gestão da varejista foi definida nesta quinta-feira (5/9) em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizada a distância por acionistas da empresa.
Entre os eleitos, três já faziam parte do conselho. Eduardo Saggioro Garcia é um deles. Ele foi presidente do órgão e é sócio da LTS, a holding de Lemann, Marcel Telles e Sicupira (foto em destaque), três dos maiores bilionários do Brasil.
Também permanecem no cargo Claudio Garcia, ex-executivo e ex-conselheiro da AB Inbev, a cervejaria controlada pelo trio, e Vanessa Claro Lopes, integrante do comitê de auditoria que investigou a suposta fraude de R$ 25,2 bilhões da Americanas.
A lista de novos integrantes inclui Maria Rita Megre de Sousa Coutinho, conselheira e integrante da comissão de auditoria do Banco CTT, de Portugal, e Paula Magalhães Cardoso Neves, ex-CEO da Rede, credenciadora de cartões do Itaú Unibanco.
Como representantes do trio de acionistas de referência da varejista, além de Saggioro e Vanessa Garcia, constam Luiz Fernando Ziegler De Saint Edmond, ex-CEO da Ambev e integrante do conselho da Alpargatas, e Yuiti Matsuo Lopes, também da LTS e do conselho da Light.
Nomes conhecidos
Os nomes foram divulgados em documento divulgado nesta quinta pela Americanas no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O conselho de administração é o principal órgão deliberativo, voltado para decisões estratégicas das empresas.
A varejista está em recuperação judicial desde janeiro do ano passado. Em novembro, a empresa concluiu um acordo com credores, que culminou na capitalização de R$ 24 bilhões. Metade dessa quantia será desembolsada pelos acionistas de referência, Lemann, Sicupira e Telles. A outra metade tem como fonte as instituições financeiras, que converteram dívidas em ações.