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BC é responsável pela continuidade da criação de empregos, diz Marinho

Ministro do Trabalho criticou “especialistas” que defendem a manutenção dos juros altos, como resultado do mercado de trabalho aquecido

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1 de 1 imagem colorida do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, criticou nesta quarta-feira (27/3) os “especialistas do mercado” que têm apontado riscos para o processo inflacionário com o avanço da criação de empregos no Brasil. Para esses “técnicos”, tal cenário exigiria manutenção dos juros altos para evitar a elevação dos preços no país. “Esses comentários causam estranheza”, disse Marinho, que, posteriormente, acrescentou: “O Banco Central (BC) tem responsabilidade sobre se vamos continuar crescendo, gerando empregos no país”.

Os comentários foram feitos durante a apresentação de dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) sobre a criação de empregos com carteira assinada no Brasil. De acordo com o MTE, o saldo positivo de postos abertos em fevereiro foi de 306.111, num crescimento de 21,2%, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Janeiro também registrou forte criação de vagas formais, com a abertura de 180,4 mil delas, o dobro do observado em janeiro de 2023. Na entrevista, Marinho disse que não gosta de citar números, mas estimou que o total de empregos com carteira assinada em 2024 pode atingir 2 milhões, superando a marca de 1,48 milhão observada no ano passado.

Jeito “burro”

Sobre o impacto desses números na inflação, Marinho afirmou que existem “dois jeitos de controlar” o aumento de preços. Um deles é elevar os juros, desaquecendo a atividade econômica. “Essa é a forma burra”, afirmou, citando controle da política monetária da forma que é conduzida pelo BC.

Já a maneira “inteligente”, analisou o ministro, consiste em controlar a oferta. Nesse caso, as empresas devem ampliar a produção à medida que aumenta a demanda dos consumidores por produtos, até como consequência do crescimento da massa salarial. “As empresas podem inclusive apostar no ganho por escala”, disse o ministro.

Marinho afirmou ainda que é preciso “chamar a atenção” dos integrantes do BC, “porque os juros estão um absurdo” no país – em segundo lugar entre os mais altos do mundo, notou. 

BC “tem que estudar”

O Marinho observou que não estava criticando o BC, mas, sim, dizendo que seus quadros “têm que estudar mais os fundamentos da economia”. Ele também “convidou” o Banco Central a “aprofundar mais o debate sobre produtividade”. “Precisamos trabalhar para dar suporte, para dar boas-vindas ao trabalhador que necessita de emprego, trabalho formal, a produtividade vem com o investimento”, disse.

Ao concluir a entrevista, Luiz Marinho acrescentou que a renovação de boas notícias sobre a evolução do emprego no Brasil dependem do comportamento do Banco Central diante dos juros.

 

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