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Batata, leite e tomate são vilões do IPCA-15, que subiu 0,39% em junho

O IPCA-15 teve o grupo “Alimentação e bebida” como maior alta, com a “Alimentação no domicílio” sendo o principal fator, puxada pela batata

atualizado

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Várias batatas inteiras vistas de cima - Metrópoles
1 de 1 Várias batatas inteiras vistas de cima - Metrópoles - Foto: Unsplash

A batata inglesa, o leite longa vida e o tomate foram três dos itens que mais subiram em junho e contribuíram para a alta de 0,39% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) do mês, conforme anunciado nesta quarta-feira (26/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O grupo “Alimentação e Bebidas” foi o que mais subiu entre os nove pesquisados pelo instituto, tendo crescido 0,98% em junho. Ele é dividido em “Alimentação no domicílio”, que subiu 1,13%, e em “Alimentação fora do domicílio”, que teve alta de 0,59%.

Os itens que mais contribuíram para esse resultado foram as altas da batata inglesa (24,18%), do leite longa vida (8,84%),  do tomate (6,32%) e do arroz (4,20%). Já o feijão carioca (-4,69%), a cebola (-2,52%) e as frutas (-2,28%) tiveram quedas e ajudaram a segurar o índice.

Na alimentação fora do domicílio as altas do lanche (0,80% em junho) e da refeição (0,51%) foram os principais fatores de alta.

O grupo “Habitação” foi o segundo que mais subiu entre os nove pesquisados, com aumento de 0,63% no mês. A alta da “Taxa de água e esgoto” (2,29%) puxou o grupo para cima. Ela foi influenciada pelos reajustes de 6,94% em São Paulo, a partir de 10 de maio, de 9,85% em Brasília, a partir de 1º de junho, e de 2,95% em Curitiba, a partir de 17 de maio.

“Energia elétrica residencial”, que subiu 0,79% em junho, também puxou o grupo “Habitação” para cima. Os reajustes tarifários de Salvador, Recife, Fortaleza e Horizonte puxaram a alta.

O grupo “Saúde e cuidados pessoais” teve alta de 0,57% no período de coleta e foi influenciado pela alta nos preços dos “Planos de saúde”, decorrente do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho, com vigência a partir de maio de 2024.

Queda em transportes

Do outro lado da balança, o grupo “Transportes” registrou queda de 0,23% no período, por conta de reduções de “Passagem aérea” (-9,87%) e “Combustíveis” (-0,22%), com recuos em todos os produtos: etanol (-0,80%), gás veicular (-0,46%), óleo diesel (-0,42%) e gasolina (-0,13%). O subitem “Táxi” apresentou alta de 0,18%, devido ao reajuste de 17,64% no Recife a partir de 22 de abril.

O IBGE coletou os preços entre 16 de maio e 14 de junho e comparou com os preços de 16 de abril a 15 de maio de 2024. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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