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Bancos teriam concordado em postergar dívida da Americanas, diz jornal

Segundo o Valor Econômico, os bancos detentores de dívidas da Americanas concordaram em rolar os pagamentos para evitar que empresa quebre

atualizado

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Os bancos credores da Americanas teriam concordado em não executar as dívidas e em renegociar os pagamentos. Atualmente, a empresa tem um endividamento de R$ 19 bilhões. A informação foi dada pelo jornal Valor Econômico, que teria consultado executivos das instituições financeiras.

Segundo a apuração do jornal, os acionistas majoritários da Americanas garantiriam o pagamento das dívidas. Atualmente, os principais sócios da empresa são os fundadores da gestora 3G, os brasileiros Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. Além da participação na varejista, Lemann, Sicupira e Telles são sócios da Ambev e da Kraft Heinz.

A Americanas disse, ontem (10/1) à noite, ter identificado inconsistências em seu balanço da ordem de R$ 20 bilhões. A diferença nas demonstrações financeiras teria maquiado a real situação do endividamento da empresa, escondendo parte dos débitos.

Socorro bilionário

Os bilionários brasileiros teriam assegurado que a Americanas fará uma nova oferta de ações para levantar recursos para cobrir o eventual rombo no balanço. Caso tenha que reconhecer uma baixa de R$ 20 bilhões, a Americanas ficará com um valor patrimonial negativo. Até ontem, a empresa era dona de ativos avaliados em R$ 14 bilhões.

Nesse caso, os acionistas da empresa são chamados para colocar mais dinheiro no negócio, por meio de uma oferta de ações. A debandada nos papéis da empresa, que acumulam perdas de 75% na Bolsa de Valores após o comunicado, indica que o pequeno investidor quer evitar essa situação, e o trio de brasileiros será a âncora da operação.

Em outras palavras: Lemann, Sicupira e Telles teriam garantido aos bancos que vão colocar a mão no bolso para salvar a Americanas.

Segundo o Valor, a situação da varejista estaria sendo acompanhada de perto pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que representa as maiores instituições financeiras do mercado. Caso os bancos optassem por executar as dívidas, a Americanas não teria dinheiro em caixa para honrar com todos os compromissos.

A hipótese de um calote da dívida bilionária da empresa representa um risco sistêmico para o setor financeiro, mas é vista como improvável, dado o alívio prometido pelos bancos à Americanas.

 

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