Banco dos Brics obtém classificação melhor que maiores bancos dos EUA
Classificação do banco na S&P está 10 níveis acima da nota do Brasil e ao menos seis níveis acima das maiores empresas brasileiras
atualizado
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Também conhecido como Banco dos Brics, o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês) recebeu, nesta segunda-feira (27/2), a nota de classificação de risco AA+ pela S&P para operações de longo prazo.
O rating do Banco dos Brics supera os dos cinco principais bancos dos Estados Unidos: Goldman Sachs (BBB+), Wells Fargo & Company (BBB+), Citibank (A+), JP Morgan Chase (A-) e Bank of America (A-).
Trata-se, ainda, de uma classificação superior às concedidas a gigantes como Amazon (AA), IBM (A-) e Tesla (BBB). A Apple, por sua vez, tem rating AA+, igual ao Banco dos Brics.
A classificação do banco está 10 níveis acima do rating soberano do Brasil (BB-) e ao menos seis níveis acima das maiores empresas brasileiras: Vale (BBB), JBS (BBB-), BRF (BB), Itaú (BB), Petrobras (BB-) e Banco do Brasil (BB-).
Desde sua fundação, em 2015, o Banco dos Brics foi analisado seis vezes pela S&P. A partir de 2018, o rating foi sempre AA+. Havia dúvidas sobre a resiliência do NDB neste ano, em meio aos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia.
O atual presidente da instituição é o brasileiro Marcos Troyjo, que assumiu o comando do banco em 2020.
“Ao longo dos últimos anos, o banco passou por desafios complexos como a Covid-19 e um cenário de risco externo em evolução. O NDB, consistentemente classificado pela S&P em AA+, com uma perspectiva estável, mostra como continuamos a demonstrar a capacidade de cumprir o mandato do banco durante esses tempos desafiadores e reforçar o investimento em infraestrutura sustentável em nossos países membros”, afirmou Troyjo.
Banco dos Brics
Sediado em Xangai, na China, o Banco dos Brics financia projetos de infraestrutura e sustentabilidade nos países que integram o grupo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O Banco dos Brics, atualmente, conta com uma carteira que soma US$ 32,8 bilhões (R$ 172,2 bilhões) em financiamento para quase 100 projetos. Segundo a instituição financeira, a meta é que sejam investidos mais de US$ 30 bilhões (R$ 157,5 bilhões) até 2026.