Balança comercial supera US$ 80 bilhões e bate recorde histórico
No acumulado do ano, esse foi o maior valor registrado desde o início do levantamento, em 1989, há 34 anos, segundo o MDIC
atualizado
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A balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 80,2 bilhões de janeiro a outubro deste ano. O valor representa um aumento de 57,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o montante ficou em US$ 50,79 bilhões. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (1º/11), pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Esse foi o maior superávit registrado para os dez primeiros meses de um ano, desde o início da série histórica do levantamento, em 1989. Até então, o saldo positivo mais robusto havia sido anotado em 2021, com US$ 58,6 bilhões. O resultado da balança é superavitário quando as exportações superam as importações.
Somente em outubro, a balança comercial apresentou um saldo positivo de US$ 8,96 bilhões. O montante foi 140,1% maior do que o registrado no mesmo mês do ano anterior.
Na segunda-feira (30/10), o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, havia afirmado que a balança comercial brasileira deve terminar o ano com superávit recorde de US$ 91 bilhões.
Queda de importações
De acordo com o MDIC, as exportações somaram US$ 282,47 bilhões no acumulado de 2023, o que equivale a um aumento de 0,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a média diária. Já as importações totalizaram US$ 202,26 bilhões, uma queda de 12,2%.
Soja na liderança
Entre janeiro e outubro, os principais produtos exportados foram a soja (US$ 48,48 bilhões), com alta de 10,1% sobre o mesmo período do ano passado, os óleos brutos de petróleo (US$ 33,97 bilhões, com aumento de 1%), o minério de ferro (US$ 24,39 bilhões, com queda de 2,3%), além de açúcares e melaços (US$ 11,71 bilhões, com aumento de 34,3%).
China em destaque
Os principais parceiros comercias do Brasil foram a China, Hong Kon e Macau (+12,2%, para US$ 87,3 bilhões), a União Europeia (-10,7%, US$ 38,42 bilhões); os Estados Unidos (-3,9%, US$ 29,96 bilhões); e a Argentina (+12,5%, US$ 14,9 bilhões).