Azul tem alta de 8% no tráfego de passageiros em maio

A companhia aérea Azul teve alta no tráfego de passageiros e na capacidade ofertada em maio na comparação com o ano passado, segundo dados preliminares divulgados pela empresa ao mercado na quarta-feira (7/6).

A alta foi impulsionada pelos resultados no mercado internacional, enquanto houve encolhimento da demanda por voos da Azul no mercado doméstico.

No agregado, o tráfego de passageiros conslidado (os chamados RPKs) subiu 8,3% na comparação com maio de 2022.

Já a capacidade (ASKs) subiu 5% no mês em relação ao mesmo período em 2022. Com o resultado, a taxa de ocupação da Azul encerrou maio em 79,8%.

Só no mercado doméstico, o tráfego de passageiros caiu 4,7% em relação a maio de 2022. A capacidade caiu 6,9%, com taxa de ocupação de 78,2%.

No mercado internacional, por outro lado, o tráfego de passageiros disparou 97,7% em relação ao mesmo mês no ano passado. A capacidade também aumentou 96,4%.

Com os resultados, a taxa de ocupação da Azul no mercado internacional fechou maio em 85,7%.

Expectativas altas para o segundo semestre

O presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, disse em comunicado ao mercado que a demanda doméstica teve efeitos da sazonalidade relativa ao segundo trimestre. O período costuma ter demanda mais fraca para aéreas, sem férias escolares e com o fim do verão.

“Em maio, a demanda doméstica permaneceu consistente com a sazonalidade do segundo trimestre, combinada com um ambiente de receita internacional forte”, disse Rodgerson.

“As tendências para o segundo semestre, que é o mais forte do ano, permanecem favoráveis, com uma alocação de capacidade racional no mercado brasileiro.”

O mercado está otimista com o setor aéreo para o restante de 2022.

As ações das companhias aéreas na bolsa de valores têm vivido semanas de alta diante dos números positivos na atividade econômica doméstica, com o Produto Interno Bruto (PIB) subindo mais que o esperado no começo do ano. Investidores também têm expectativa positiva com o corte no preço do querosene de aviação anunciado pela Petrobras, além de um cenário de dólar mais barato, fatores que reduzem a pressão de custo sobre as aéreas.

Em maio, as ações da Azul fecharam em alta de mais de 66% na bolsa brasileira. As da concorrente Gol, que também tem capital aberto no Brasil, subiram quase 37%. Ambas ficaram acima do resultado geral do Ibovespa (que avançou pouco menos de 9% no período).