metropoles.com

Azul conclui negociação com parceiros e elimina R$ 11 bi em dívidas

Azul concluiu processo de reestruturação e renegociação de suas obrigações com arrendadores, fabricantes de aeronaves e detentores de dívida

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Azul/Divulgação
Avião da Azul
1 de 1 Avião da Azul - Foto: Azul/Divulgação

A Azul, uma das três principais companhias aéreas do país, informou, na noite de terça-feira (28/1), que concluiu o processo de reestruturação e renegociação de suas obrigações com arrendadores, fabricantes de aeronaves e detentores de dívida.

O que aconteceu

  • O acordo com seus parceiros fará a Azul eliminar mais de R$ 11 bilhões em dívidas.
  • No processo de reestruturação e recapitalização da empresa, haverá troca de dívidas por ações (cerca de R$ 3,3 bilhões em 94 milhões de ações preferenciais).
  • A Azul ainda converteu mais de R$ 4,6 bilhões em dívidas cujos vencimentos seriam em 2029 e 2030.

“Além da extinção de R$ 11 bilhões em obrigações financeiras, recebemos hoje um aporte de novo capital de mais de R$ 3,1 bilhões, que irá reforçar o balanço da companhia e garantir que estejamos mais fortes do que nunca”, afirmou o CEO da Azul, John Rodgerson.

O acordo também prevê um fortalecimento do fluxo de caixa da companhia de mais de R$ 1,8 bilhão até 2027.

Fusão Azul-Gol

No dia 15 de janeiro, gigantes do setor brasileiro de aviação anunciaram um acordo para o início das negociações em torno de uma possível fusão. O memorando de entendimento firmado por Azul e Gol já movimenta o mercado e deflagrou uma série de dúvidas a respeito dos possíveis impactos econômicos da eventual união – e mesmo se os órgãos regulatórios darão aval à parceria.

De acordo com o acerto entre as duas empresas, a fusão depende do desfecho do processo de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, o que deve ocorrer até meados de abril. O Conselho de Administração da nova companhia terá três conselheiros do grupo Abra – controlador da Gol –, três membros da Azul e mais três independentes. Caso a fusão se concretize, o comando do novo grupo ficará a cargo do atual CEO da Azul, John Rodgerson.

Além da conclusão da recuperação judicial da Gol nos EUA, a fusão precisará ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Estimativas apontam que a empresa resultante da eventual fusão responderia por cerca de 60% do mercado de aviação comercial do Brasil e teria o controle de quase 100 rotas em todo o país, praticamente sem concorrência – o que suscita questionamentos acerca da formação de um duopólio, quando apenas duas empresas possuem quase todo o mercado. Juntas, as duas companhias contam com mais de 300 aeronaves e tiveram um faturamento de R$ 25,3 bilhões entre janeiro e setembro do ano passado.

Como deve ser a fusão Azul-Gol

  • De acordo com o memorando de entendimento entre Azul e Gol assinado no dia 15, a futura companhia seguirá o modelo de “corporation” – empresa sem controlador definido, tendo o grupo Abra como maior acionista. Ainda não há definição sobre os percentuais de participação de cada empresa no negócio.
  • A ideia é a de que as marcas Azul e Gol continuem a existir de forma independente, mas as empresas compartilhem aeronaves. A fusão envolverá apenas ativos já disponíveis, sem previsão de novos investimentos.
  • A aposta das duas empresas é na “complementaridade” de suas malhas aéreas. Enquanto a Gol se concentra em grandes capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, a Azul conta com um leque mais amplo pelo país.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?