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Aumento de capital da Gafisa acirra “guerra” com gestora

Fundo de investimento da gestora Esh, que tinha participação acionária de 15,1% na Gafisa, questiona a operação e a classifica como “ilegal”

atualizado

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1 de 1 gafisa - Foto: Divulgação

Com a oficialização do aumento de capital em R$ 78,1 milhões, a Gafisa se prepara para um novo capítulo da disputa copm a gestora Esh Capital, que questiona a operação. O fundo de investimento da Esh tinha participação acionária de 15,1% na incorporadora.

Em novembro do ano passado, a Gafisa havia informado ao mercado que estudava um aumento de capital de cerca de R$ 150 milhões. O valor anunciado agora, portanto, corresponde a pouco mais da metade da meta inicial.

A operação custou R$ 5,89 por ação aos subscritores. A Gafisa possui agora 51,1 milhões de ações em circulação, ante 37,8 milhões antes do aumento de capital. A empresa tem um capital social estimado em R$ 1,33 bilhão.

A Esh alega que não teve qualquer envolvimento na subscrição, o que diluirá sua participação acionária. A companhia classificou a operação como “ilegal”.

“Ao promover o aumento de capital, a Gafisa atropelou a prerrogativa da AGE [assembleia geral extraordinária], marcada para 9 de janeiro, de deliberar sobre essa decisão. Obviamente, a administração da companhia tem interesses conflitantes e, no mínimo, deveria se declarar impedida de deliberar sobre isso”, diz a Esh, em nota.

Segundo a gestora, a decisão da Gafisa não foi suficientemente discutida com os acionistas minoritários.

Em nota, a construtora rebate as críticas da Esh e garante que todos os procedimentos legais foram adotados. “Qualquer outra posição é meramente especulativa e com intenções duvidosas”, afirma a Gafisa.

Em novembro, poucos dias após o Conselho de Administração da Gafisa ter aprovado o aumento de capital de R$ 150 milhões, a Esh pediu a convocação de uma assembleia geral para debater a decisão.

A gestora também quer a responsabilização judicial dos administradores e membros do Conselho Fiscal da companhia por supostos prejuízos causados à Gafisa entre 2019 e 2022, além da destituição dos integrantes dos conselhos de Administração e Fiscal.

Em meio ao imbróglio, as ações da Gafisa fecharam em queda de 1,97% no pregão de quarta-feira (4/1), negociadas a R$ 20,88, o que interrompeu uma série de quatro sessões consecutivas de forte alta.

Os papéis da empresa tiveram uma valorização de mais de 230% entre os dias 28 de dezembro e 3 de janeiro.

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