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Ata do Copom menciona “tragédia no RS” como alerta para a inflação

Problema tem impacto econômico e já havia sido mencionado pelo economista André Braz, do FGV Ibre, em entrevista ao Metrópoles

atualizado

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Lauro Alves/ Secom
Corpo de Bombeiros trabalha no resgate e ajuda a moradores de Rio Pardinho
1 de 1 Corpo de Bombeiros trabalha no resgate e ajuda a moradores de Rio Pardinho - Foto: Lauro Alves/ Secom

A ata da reunião da semana passada, entre os dias 7 e 8 de maio, do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira (14/5) pelo Banco Central (BC), mencionou a catástrofe provocada pelas recentes chuvas no Rio Grande do Sul (RS). “A tragédia no RS, além dos seus impactos humanitários, também terá desdobramentos econômicos e o Comitê seguirá acompanhando”, diz o texto.

A referência foi feita como um fator que pode alterar a perspectiva de preços no Brasil. “Alguns membros mostraram maior preocupação com a inflação de alimentos no curto prazo, enquanto outros seguiram enfatizando o papel da inflação de serviços”, afirma a ata, pouco antes de citar o problema no RS.

Em entrevista ao Metrópoles, o economista André Braz, coordenador de índices de preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), já havia dito que o Copom deveria ter levado em consideração o problema das chuvas, ao decidir pelo corte de 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros, a Selic, ante a possibilidade de redução de 0,50 ponto percentual.

Na ocasião, Braz destacou que a inflação está desacelerando de forma consistente no Brasil. “Mas esse fator fica enfraquecido com as chuvas”, disse o economista, referindo-se à questão do preço dos alimentos “Mesmo porque o Rio Grande do Sul responde por 14% da safra nacional.”

Na última reunião, entre 7 e 8 de maio, o Copom decidiu pelo corte de 0,25 ponto percentual da Selic, que passou de 10,75% para 10,25% ao ano. A medida, porém, provocou um racha na diretoria do órgão. Os diretores indicados pelo atual governo federal queriam uma redução de 0,50 ponto percentual. O placar foi apertado: cinco votos a favor do 0,25 e quatro pelo 0,50.

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