Arrecadação federal cai 3,4% em junho e fica em R$ 180,4 bilhões

A arrecadação federal com impostos, contribuições e outras receitas registrou uma queda real (descontada a inflação) de 3,4% em junho deste ano, para R$ 180,475 bilhões, na comparação com o mesmo período de 2022.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (25/7) pela Secretaria da Receita Federal.

Nessa base de comparação, foi a segunda queda da arrecadação federal em 2023. A primeira havia sido registrada em março (-0,42%).

Mesmo assim, o resultado de junho foi o segundo melhor para o mês em toda a série histórica, iniciada em 1995.

No acumulado dos seis primeiros meses deste ano, a arrecadação somou R$ 1,15 trilhão, em valores corrigidos, o que corresponde a uma alta real de 0,31%. O resultado do semestre é o melhor da série histórica.

Entretanto, houve forte desaceleração no ritmo de crescimento em relação ao primeiro semestre do ano passado. Entre janeiro e junho de 2022, a alta real da arrecadação foi de 17,96%.

O que explica a queda

Segundo a Receita Federal, o recuo na arrecadação em junho foi causado, entre outros motivos, por alterações na legislação tributária. Também houve impacto de alguns pagamentos atípicos, tanto em 2022 quanto em 2023.

Entre os exemplos apontados pelo órgão, estão a redução do PIS e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre etanol e gasolina. A taxação federal sobre esses combustíveis foi retomada apenas no fim do mês passado. Com isso, houve uma perda de cerca de R$ 3 bilhões na arrecadação em junho.

De acordo com a Receita, foi registrado um “recolhimento atípico” de R$ 6 bilhões em IRPJ e CSLL em junho do ano passado, que não se repetiu em 2023.